O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte da atriz Fernanda Lapa, enaltecendo a sua “voz interventiva nas questões do teatro, da cultura e da intervenção cívica”.
Numa mensagem publicada no ‘site’ da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa enviou sentidas condolências à família de Fernanda Lapa, que morreu hoje aos 77 anos, em Cascais, onde estava hospitalizada.
O chefe de Estado assinalou que Fernanda Lapa teve uma “longa e ativa carreira como atriz, encenadora, professora e militante teatral, inconformada" com o, citando palavras da própria, "‘papel de subalternidade a que a mulher tem sido reduzida no teatro português’”.
Marcelo Rebelo de Sousa assinalou o “importante projeto como a Casa da Comédia, com Fernando Amado nos anos 1960”, e a “companhia Escola de Mulheres, de que foi uma das fundadoras, em 1995”.
“Um dos seus legados, com a Escola de Mulheres, é o trabalho constante sobre textos de ou sobre mulheres, desde os clássicos da Antiguidade (como Medeia) até autoras contemporâneas como Caryl Churchill ou Paula Vogel”, destacou.
Nos últimos tempos, sublinhou ainda o Presidente da República, coordenou também “as comemorações do centenário de Bernardo Santareno, de quem foi aluna e amiga”, defendendo que Fernanda Lapa “nunca deixou de ser uma voz interventiva nas questões do teatro, da cultura e da intervenção cívica”.
Fernanda Lapa venceu o prémio Sete de Ouro para a melhor encenação em 1992 e Prémio da Crítica para a Encenação em 1992 com "Medeia é Bom Rapaz”, tendo ainda recebido o prémio especial Procópio em 1999 e o Globo de Ouro para melhor espetáculo por “A Mais Velha Profissão”, em 2005.
A atriz, que para além do teatro também trabalhou na televisão e no cinema, recebeu ainda a Medalha de Mérito Cultural em 2005.
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