A nova instalação de Salomé Lamas e o espetáculo de Casper Clausen, com apresentação do disco de estreia a solo, são alguns dos destaques da programação para janeiro e fevereiro de 2021 do gnration, em Braga, foi hoje (10) anunciado.

Por aquele centro cultural de Braga, passarão ainda nomes como Ricardo Toscano, Chão Maior e Surdina, entre outros.

Entretanto, o gnration tem também já confirmada a presença, em 06 de março, da compositora norte-americana Kali Malone, depois de duas datas adiadas.

No programa expositivo, Salomé Lamas será a nova convidada do Scale Travels, programa que alia arte e nanotecnologia, e que é desenvolvido em parceria com o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL).

De 30 de janeiro a 15 de maio, aquela cineasta e artista portuguesa apresentará “Gaia”, um trabalho resultante de residência artística e onde dará a conhecer uma obra do seu último projeto multidisciplinar, “Extraction: The Raft of the Medusa” (2019/2020), em simultâneo com duas novas produções de “Gaia”, projeto multidisciplinar que Salomé Lamas inicia este ano.

Casper Clausen, a voz dos dinamarqueses Efterklang, estará em residência artística no gnration, onde desenvolverá o espetáculo centrado no álbum que apresentará ao vivo a 16 de janeiro.

O ano no gnration, porém, arrancará antes. Em 9 de janeiro, com um dos temas fortes de 2020: racismo e discriminação racial.

Depois de Selma Uamusse, Cristina Roldão e Lúcia Gomes, o artista angolano Januário Jano é o próximo convidado do ciclo de conversas e cinema “De que falamos quando falamos de racismo”, uma conversa que decorrerá 'online', a partir do canal YouTube do gnration.

Um dia antes, o ciclo exibirá o filme “Tabu”, do cineasta português Miguel Gomes.

Na música, o saxofonista português Ricardo Toscano apresentar-se-á, em 30 de janeiro, em quarteto, formado por João Pedro Coelho (piano), Romeu Tristão (contrabaixo) e João Pereira (bateria), para interpretar “A Love Supreme”, de John Coltrane, um dos mais icónicos álbuns do universo da música jazz.

Chão Maior, formação composta por Yaw Tembe (composição, trompete), Norberto Lobo (guitarra), Ricardo Martins (bateria), Leonor Arnaut (voz), João Almeida (trompete) e Yuri Antunes (trombone), vão a Braga integrar uma residência artística que culminará numa apresentação ao vivo em 13 de fevereiro.

O ciclo “Trabalho da Casa”, que promove a criação artística local, receberá em fevereiro “Homem em Catarse”, projeto a solo de Afonso Dorido, membro do coletivo post-rock Indignu.

Afonso Dorido fará uma residência artística que vai dar origem a um novo trabalho e espetáculo.

A fechar o programa de música, em 26 de fevereiro, Tó Trips e Rodrigo Areias levam ao palco “Surdina”, cineconcerto com música original dos Dead Combo e filme por aquele cineasta português.

No programa expositivo, a galeria gnration recebe, de 16 janeiro a 03 de abril, a instalação “The stage is (a)live”, da portuguesa Joana Chicau e do norte-americano Renick Bell.

Trata-se de uma instalação baseada na 'web' e que trabalha as interações entre dançarinos algorítmicos que colocam em movimento uma infinidade de peças de áudio e de elementos visuais.

Na dança, o coreógrafo e bailarino português Francisco Camacho desenvolverá, em contexto de residência artística, “Viagem Sentimental”, um projeto que se centra na pesquisa de uma determinada zona geográfica para a construção de um espetáculo, cujo resultado final será apresentado em 27 de fevereiro.