Este ano, o palco contará com mais um concerto por noite, além dos tradicionais quatro, a começar por volta das 02:00, com música para quem gosta de dançar.

Em declarações à agência Lusa, Carlos Seixas, diretor do FMM, assumiu esperar que estes espetáculos levem mais gente a Sines nestes primeiros três dias e não receia que os residentes se queixem do barulho.

“A comunidade gosta do festival, já o entende como seu, e é generosa com quem a visita”, afirmou.

De quinta-feira a sábado, o responsável conta que “entre seis e sete mil pessoas” acompanhem os espetáculos, seja no castelo, pagando bilhete, seja nas ruas, através dos ecrãs que os transmitem em direto.

Carlos Seixas acredita que “é nas alturas de adversidade que a festa é importante”, recordando que “festa é vida, desde os primórdios da Humanidade”.

De acordo com a organização, em 2012 “o alinhamento de concertos é um dos mais fortes da história do evento”, que já conta 14 edições.

“Foi uma boa colheita, talvez seja um 'especial reserva'”, brincou o diretor, considerando que a sua equipa fez “um bom trabalho”.

Carlos Seixas refere ainda que este trabalho torna-se mais fácil a cada ano, muito graças ao “prestígio” que o evento tem conquistado além-fronteiras.

Ainda assim, é impossível evitar problemas, como a notícia, a pouco mais de 24 horas do arranque desta edição, de que o moçambicano Wazimbo, que seria o segundo a atuar na quinta-feira, não pode comparecer, porque “não conseguiu obter os vistos a tempo".

A organização optou por antecipar o último concerto da noite para as 21:45, preenchendo o espaço em branco deixado por Wazimbo, mas quinta-feira fica com um espetáculo a menos.

Confirmada está a presença da portuguesa Amélia Muge, na inauguração do palco do castelo, em conjunto com o grego Michales Loukovikas, que apresentam o seu projeto “Periplus”.

Dos concertos desta primeira maratona musical, Carlos Seixas, responsável pelo alinhamento, destacou o norte-americano Otis Taylor, o nigeriano Bombino e o grupo Narasirato, proveniente das Ilhas Salomão.

A não perder também o projeto de fusão Al-Madar (do Líbano e Estados Unidos da América), o norte-americano Marc Ribot, que também sobe ao palco com os portugueses Dead Combo, e o concerto de Oumou Sangaré, diva da música do Mali, com Béla Fleck, banjoísta norte-americano que já tem no currículo 14 Grammys.

@SAPO com Lusa.