 | U2 no Estádio de Coimbra - 2 e 3 de Outubro Já não é de hoje queos U2são especialmente ambiciosos nas suas actuações. Tanta atenção à imagem tenta disfarçar a ausência de clássicos presentes nos últimos discos, dirão as más línguas. Mas também poucos negarão o arrojo visual das suas digressões. Destas, a 360º Tour inova na forma como coloca a banda no meio do público ou na icónica estrutura em forma de garra. E depois há a força dos tais clássicos, daqueles que convocam saltos ou isqueiros dos 7 aos 77, intercalados, por vezes, com alguma espontaneidade capaz de sobressair numa máquina bem oleada. Também não seria por acaso que os bilhetes esgotaram como pãezinhos quentes. GS |
 | Guns n' Roses no Pavilhão Atlântico, Lisboa - 6 de Outubro As décadas de 80 e 90 podem estar já distantes mas não é preciso uma máquina do tempo para reviver esses períodos. Dezenas de bandas têm voltado ao activo para fazer render o seu património e os Guns n' Roses, praticamente resumidos ao seu eterno vocalista, Axl Rose, não são excepção. Depois de uma passagem por Portugal em 2006, os norte-americanos regressam agora com a digressão de apresentação do último (e quase eternamente adiado) disco, "Chinese Democracy", de 2008. Mesmo na companhia de um simulacro da banda original, é difícil não sentir a tentação de entoar hinos como "Paradise City" ou "Sweet Child O' Mine". FB |
 | Seu Jorge nos Coliseus do Porto e de Lisboa - 28 e 29 de Outubro Seu Jorge já faz parte da família. Nos últimos anos, os seus concertos têm esgotado salas e ficado na memória de quem acaba a dançar.Por cá já tocou num pequeno teatro e até já foi "padrinho" de um pedido de casamento ao vivo.Desta veztraz o projecto "Seu Jorge and Almaz", que deu origem a um disco editado este ano. Juntou-se a Pupillo e Lúcio Maia, ambos da Nação Zumbi, e ao compositor António Pinto. O álbum apresenta versões para lá da música popular brasileira, indo deMichael Jacksona Kraftwerk ouRoy Ayers, algumas dascançõesque vamos poder ouvir por cá. E quem sabe que surpresas sobem ao palco desta vez? VM |
 | Michael Bublé no Pavilhão Atlântico, Lisboa - 2 e 3 de Novembro Em poucos dias os bilhetes para o primeiro concerto de Michael Bublé em Portugal esgotaram. Os bilhetes para o segundo dia seguiram o mesmo caminho e, neste momento, quem quiser assistir aos espectáculos terá de se valer de artimanhas eficazes. A estreia do intérprete canadiano no nosso país despertou uma corrida às bilheteiras apenas surpreendente para quem desconhece os milhões de álbuns vendidos por Bublé e a devoção que muitos lhe prestam. E assim não admira que estas duas noites de Novembro já façam muito boa gente ansiar sempre que olha para a agenda. FB |
 | Crystal Castles no Teatro Sá da Bandeira, Porto - 4 de Novembro É verdade que já estiveram em palcos nacionais algumas vezes. Aliás, só neste ano esta será já a terceira actuação dos Crystal Castles por cá. Noutros casos, tanta regularidade traria um inevitável sinal de redundância. Mas a dupla canadiana não é uma banda qualquer e, por isso, as actuações no Coliseu de Lisboa e na Queima das Fitas, no Porto,apenas aguçaram o apetite para reincidências. Até porque o seusegundo disco segue com avanço na corrida aos melhores do ano e deverá ter agora mais tempo de antena - e é difícil dizer que não a canções como "Celestica" ou "Baptism". GS |
 | Black Rebel Motorcycle Club na Aula Magna, Lisboa, e no Hard Club, Porto - 8 e 9 de Novembro Prometem chegar de casaco de pele e com a pose de quem diz "o rock está de volta". "Beat the Devil's Tattoo" é o cartão de visita dos Black Rebel Motorcycle Club para esteconcerto e uma mistura explosiva de blues, gospel e guitarra. Se isto não chega para aguçar o interesse, deixamos uma curiosidade: o nome BRMC é inspirado no gang de motards de Marlon Brando no filme "O Selvagem" (1953), de Laslo Benedek. Um "statement" que vai de encontro ao que se ouve da boca de quem já viu ao vivo estes californianos: influenciados por grupos como os Rolling Stones ou os T-Rex, são uma das melhores bandas da actualidade em palco. VM |
 | !!! no Lux, Lisboa, e no Teatro Sá da Bandeira, Porto - 9 e 10 de Novembro Embora os seus quatro discos tenham todos momentos recomendáveis, é ao vivo que os !!! valem mais a pena. Quem viu a sua actuação no Dance Station sabe do que estamos a falar. E "Strange Weather, Isn't It?", o novo álbum, dá ao grupo nova-iorquino mais uma desculpa para regressar a palcos nacionais. Mais do que físico, espera-se um concerto espásmico (no melhor sentido), onde o público não deverá demorar muito a reproduzir a dança bamboleante de Nic Offer - e a comprovar que, em alguns casos, a muito praticada revisitação do pós-punk faz sentido. GS |
 | Arcade Fire no Pavilhão Atlântico, Lisboa - 18 de Novembro Lançaram o álbum de estreia, "Funeral", e vieram a Portugal. Seguiu-se "Neon Bible" e vieram a Portugal. Ao terceiro disco, "The Suburbs", ninguém ia perdoar aos Arcade Fire se não viessem a Portugal. Depois de Paredes de Coura, em 2005, num final de tarde que ainda vive na memória de muitos, e do concertode 2007 à beira Tejo, no SBSR, os fãs correram para comprar os bilhetes para não perder a apresentação do álbum, uma viagem às memórias de adolescência. E nada vai impedir o público português de ver novamente a banda canadiana, mas nada mesmo. Nem Obama, que estará em Portugal nesses dias para a Cimeira da Nato, mas a organização já garantiu que o espectáculo se mantém. VM |
 | Anne Clark no Theatro Circo, Braga, e no Centro Cultural de Ílhavo - 26 e 27 de Novembro É, desde o início dos anos 80, uma das melhores defensoras do spoken word. E quando se trata de o combinar com texturas electrónicas, Anne Clark não tem grande concorrência. O último álbum da poetisa ecantora britânica, "The Smallest Acts of Kindness", pode ter passado a leste das atenções, mas pelo menos vai ser apresentado em palcos portugueses. E ainda bem, porque quase trinta anos depois de singles como "Sleeper in Metropolis", Clark continua na vanguarda e, em dois concertos que se adivinham intensos, volta a unir atmosferas intrigantes ao poder da palavra. GS |
 | Lady Gaga no Pavilhão Atlântico, Lisboa - 10 de Dezembro Felizmente não vai ser preciso esperar muito tempo para receber em Portugal a mais jovem, mais omnipresente e mais polémica estrela pop da actualidade. O vestido de carne crua não deve passar pelo Pavilhão Atlântico. Pelo contrário, as canções do seu álbum de estreia, "The Fame", e do seu segundo registo, "The Fame Monster", vão ouvir-se no palco durante um espectáculo que os críticos têm definido como "perturbador", "provocativo" e "grandioso". Esta pode ser uma oportunidade única para perceber qual o verdadeiro valor desta estrela global em ascensão vertiginosa. FB |
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