Alberto Seixas Santos estava doente há cerca de um ano, apurou também o Público junto de uma amiga do cineasta que também confirmou a morte.
O realizador, cuja obra tinha sido alvo de uma retrospetiva na Cinemateca Portuguesa em março passado, foi um dos nomes do Cinema Novo português e trabalhou como crítico de cinema antes de se estrear na realização, com o documentário "A Arte e Ofício de Ourives" (1968).
Alberto Seixas Santos foi também um dos fundadores do Centro Português de Cinema, dirigente do ABC-Cineclube de Lisboa, professor na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) do Instituto Politécnico de Lisboa e diretor de programas da RTP.
"Brandos Costumes", a sua primeira longa-metragem de ficção, de 1975, ficou entre os marcos do Cinema Novo português e integrou a competição do Festival de Cinema de Berlim.
O realizador participou nos filmes coletivos "As Armas e o Povo" (1975) e "A Lei da Terra" (1977) e assinou a curta-metragem "A Rapariga da Mão Morta" (2005), a sua obra mais recente.
A sua última longa-metragem, "Mal", de 1999, foi apresentada no Festival de Veneza.
Alberto Jorge Seixas dos Santos nasceu a 20 de março de 1936, em Lisboa. Frequentou o Curso de Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o Institut d'Hautes Études Cinématographiques, em Paris, e a London Film School.
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