O 29.º Curtas Vila do Conde está marcado de 16 e 25 de julho, e embora a curta-metragem seja a espinha dorsal do festival, há espaço para longas-metragens, nomeadamente para "Diários de Otsoga", num regresso de Miguel Gomes a este evento.
"Diários de Otsoga" é um dos novos projetos cinematográficos de Miguel Gomes, coassinado com Maureen Fazendeiro, tendo sido rodado em 2020, numa propriedade em Sintra, em contexto de pandemia.
O filme, protagonizado por Crista Alfaiate, Carloto Cotta e João Nunes Monteiro, fará a estreia mundial na Quinzena dos Realizadores, um dos programas paralelos do Festival de Cinema de Cannes (França), e chegará quase eem simultâneo aos cinemas franceses.
A estreia nas salas portuguesas será a 19 de agosto.
Sobre a programação do Curtas Vila do Conde, a organização anunciou também hoje a inclusão dos filmes "Lutas Lutar Lutar", dos realizadores brasileiros Helvécio Marins Jr. e Sérgio Borges, e "Mandibules", do realizador e músico francês Quentinn Dupieux.
No cruzamento entre cinema e música, o festival contará com atuações, por exemplo, do coletivo Chão Maior e da harpista espanhola Angélica Salvi, que musicará o filme mudo "Shoes" (1916), de Louis Weber.
Anteriormente tinha sido anunciado que o festival dedicaria uma retrospetiva ao cinema da realizadora irlandesa Lynne Ramsay - que estará em Vila do Conde - e daria atenção ao cinema de quatro realizadores: o português Jorge Jácome, os iranianos Ali Asgari e Farnoosh Samadi e a grega Jacqueline Lentzou.
A direção quer que o festival decorra em sala de cinema, contando com programação também em VoD ('video on demand') e noutros locais do país, para "alargar o seu público a nível nacional e internacional".
As competições internacional e experimental do Curtas de Vila do Conde contarão com 51 filmes de 24 países, entre documentário, ficção e animação.
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