A Federação Portuguesa de Cineclubes lançou o prémio António Loja Neves, nome de um dos sócios fundadores desta entidade, que visa distinguir os filmes produzidos nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
O prémio, cujas inscrições estão abertas até 30 de março (em fpcc.pt/lojaneves), visa distinguir filmes realizados entre 2017 e 2018 (a distinção vai ter uma periodicidade bienal) nos PALOP, disse à agência Lusa o presidente da Federação Portuguesa de Cineclubes (FPCC), António Costa Valente.
Para esta distinção, não são aceites "coproduções portuguesas ou brasileiras em que o realizador é português ou brasileiro. Têm de ser realizadores e produções desses países", esclareceu.
Para além das inscrições espontâneas, são também admitidos para a competição todos os filmes dos PALOP que participaram em festivais portugueses de cinema organizados por cineclubes federados (Caminhos do Cinema Português, Encontros de Cinema de Viana, Festival Internacional de Cinema de Avanca, Filmes do Homem - Festival de Documentário de Melgaço e VistaCurta), disse Costa Valente à Lusa.
O júri responsável pela atribuição da primeira edição do prémio é composto pelo cineasta Luís Filipe Rocha, o produtor Paulo Trancoso e por Isabel Santos, que esteve ligada à organização do Festival de Cinema da Figueira da Foz.
O prémio é também uma homenagem a António Loja Neves, sócio fundador do FPCC, que "esteve sempre nos caminhos dos cineclubes, dos festivais e dos filmes", refere o texto de apresentação do prémio, recordando a sua ligação ao cinema produzido nos PALOP.
Com a distinção, a Federação Portuguesa de Cineclubes pretende dar a continuidade ao trabalho de António Loja Neves na "promoção da cinefilia dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa no espaço do cineclubismo nacional".
De acordo com António Costa Valente, a atribuição da primeira edição do prémio vai decorrer, em princípio, em novembro deste ano, aquando do Encontro de Cineclubes.
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