Bollywood retoma a partir desta quinta-feira (25), as filmagens interrompidas pela pandemia da COVID-19, mas com regras sanitárias que vão limitar o cronograma e a produção da fábrica de sonhos da Índia.
Isto apesar do país ter registada na terça-feira (23), um recorde de 465 mortes e 15.968 casos, elevando o total de óbitos para 14.476 e de infetados para 456.183.
Divulgado esta quinta, o acordo entre três grandes estúdios do cinema indiano põe fim à suspensão das rodagens de filmes, instituída pelo confinamento nacional decretado no final de março na Índia para conter a propagação da pandemia.
O governo já havia autorizado o regresso das filmagens em junho, mas atores, produtores e técnicos estavam a negociar uma regulamentação à volta dos riscos de saúde inerentes com a retoma.
Os representantes do setor indicaram que "resolveram amistosamente os restantes problemas", como a questão de seguro de saúde para toda equipa. Isso abriu "o caminho para o retomar imediato das filmagens".
As atuais regras sanitárias serão um desafio artístico importante para os cineastas, que não poderão rodar, por exemplo, cenas de casamento, ou de luta - dois temas omnipresentes em praticamente qualquer filme "bollywoodiano".
Atores com mais de 65 anos ainda não poderão trabalhar, o que deixará fora dos ecrãns, por enquanto, superestrelas como Amitabh Bachchan, de 77.
As normas de distanciamento físico impedem cenas de beijos e abraços, marcando o regresso às práticas conservadoras dos anos 1980, quando as flores simbolizavam, castamente, cenas de amor.
Além disso, os produtores precisarão ter um médico, uma enfermeira e uma ambulância no local de rodagem. Este é um critério difícil de cumprir, principalmente em Bombaim, onde há uma falta crónica de médicos e de ambulâncias.
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