“Nuno Artur Silva é uma pessoa de referência do meio televisivo e isso é positivo. É uma pessoa da área, mas agora depende de como vai ser o projeto”, declarou à agência Lusa Camilo Azevedo.

O Conselho Geral Independente (CGI) anunciou que vai indigitar para presidente do Conselho de Administração da RTP Gonçalo Reis e apontar Nuno Artur Silva para vogal.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Comissão de Trabalhadores da RTP adiantou que os trabalhadores da estação pública de televisão e rádio “ficam agora na expectativa” de também eles participarem na “reconstrução da RTP".

“Nós sabemos que a reconstrução total da RTP de serviço público de rádio televisão vai ser muito difícil porque os danos causados pela antiga administração são grandes (…). De qualquer forma, estamos na expetativa de que os trabalhadores sejam chamados a colaborarem ativamente na reconstrução do serviço público de radio e televisão”, afirmou.

No entender de Camilo Azevedo, a reconstrução da RTP deve ter uma “matriz europeia e não uma matriz comercial, que foi o que a última administração implementou”.

Quanto à nomeação de Gonçalo Reis, o presidente da Comissão de Trabalhadores disse não ter ainda muitos dados objetivos.

“Passou pela administração da RTP no tempo de Almerindo Marques. Ainda não temos dados objetivos, mas esperemos que ele perceba a importância do serviço público como serviço, como instituição, e é essa a postura que a RTP deve ter”, sublinhou.

Na opinião de Camilo Azevedo, a RTP deve ser virada para a inovação e para uma referência do próprio mercado de rádio e televisão em Portugal”.

O Conselho Geral Independente adiantou na segunda-feira, em comunicado, que “o nome do vogal do Conselho de Administração responsável pela área financeira será tornado público após parecer, prévio e vinculativo, do membro do Governo responsável pela área das Finanças".

"O CGI acordará com o futuro Conselho de Administração da RTP o Projeto Estratégico para o respetivo mandato”, conclui o órgão supervisor da RTP liderado por António Feijó.

Gonçalo Reis tinha sido membro do Conselho de Administração liderado por Almerindo Marques.

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