A BFMTV é o principal canal de televisão noticioso francês.

Em janeiro, a emissora abriu uma investigação interna depois de outros órgãos de comunicação terem revelado que M'Barki leu alegadas informações que teriam sido repassadas por fontes "alternativas: as notícias mencionavam oligarcas russos, o Qatar ou a situação no Saara Ocidental.

"A investigação permitiu identificar vários excertos, entre 2021 e 2022, que foram divulgados sem respeitar os protocolos de validação editoriais", afirmou a emissora.

"Estas falhas são responsabilidade única do jornalista, que não respeitou as regras em vigor na redação", afirma o texto do diretor geral do canal, Marc-Olivier Fogiel.

A mensagem destaca que "o caso isolado não reflete em absoluto o trabalho excecional e rigoroso exercido (...) pelos 250 jornalistas da BFMTV".

No início de fevereiro, o site Politico, que revelou o caso, entrevistou M'Barki, que não aparece no noticiário desde 11 de janeiro.

M'Barki admitiu ao Politico que "utilizou informações procedentes de fontes que não seguiram obrigatoriamente o curso habitual da redação".

"Todos eram reais e verificados", disse. "Não descarto nada, talvez tenha sido enganado, mas não pensei nisso na altura", admitiu.

Após este escândalo, um grupo de jornalistas, Forbidden Stories, revelou que uma pequena empresa israelita liderou uma grande campanha de desinformação em todo o mundo, que estaria relacionada com este caso.