Paulo Gustavo, um dos comediantes mais queridos do Brasil, morreu na noite desta terça-feira aos 42 anos devido a complicações de COVID-19, confirmou a sua equipa médica. “Às 21h12 desta terça-feira, lamentavelmente, o paciente Paulo Gustavo Monteiro faleceu, vítima da COVID-19 e das suas complicações", pode ler-se em comunicado.

Nas redes sociais, o canal Multishow homenageou o ator com um vídeo e uma longa mensagem de agradecimento pelo sue trabalho. "Hoje, o Brasil perde um dos seus artistas mais queridos. Para o público, um ídolo, um génio da comédia. Para nós do Multishow, além de tudo isso, também um amigo e uma parte importante da nossa história", sublinhou o canal na sua conta no Instagram.

"Paulo era energia pura, um talento nato, um grande artista. Fazia o seu trabalho com maestria e foi responsável por encorajar e abrir portas para toda uma nova geração de humoristas. Democratizou o humor e levou para a TV toda a sua capacidade artística, os seus personagens que eram intensos e reais. Além de excelente ator, ele foi um guionista preciso, com textos leves e recheados de nuances. Usou os seus personagens e a sua própria imagem como voz ativa na luta por causas importantes da sociedade, como o racismo e a homofobia", lembra o Multishow.

Veja o vídeo.

Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, a 30 de outubro de 1978, Paulo Gustavo deixa o marido, o dermatologista Thales Bretas, e dois filhos.

O ator interpretou diferentes personagens na televisão, no cinema e no teatro, mas foi Dona Hermínia, uma mãe tagarela e divorciada que na peça "Minha mãe é uma peça", que lhe valeu recordes de bilheteira.

Com mais de 15 milhões de seguidores no Instagram, o carismático comediante recebeu milhares de mensagens de apoio de fãs e personalidades do entretenimento, da cultura e da política.

Paulo Gustavo foi submetido a vários tratamentos durante o internamento, incluindo a um mecanismo de respiração artificial. O humorista teve de ser entubado há quase duas semanas e, embora este fim de semana tenha dado sinais de melhoras, os médicos relataram na segunda-feira que o seu estado tinha piorado. Esta terça-feira, a equipa informou que o seu quadro era irreversível.

O músico Caetano Veloso foi um dos primeiros a partilhar a sua dor. “Paulo Gustavo é a expressão da alegria brasileira”, escreveu no Twitter junto a uma foto com o ator.

“Recebi com muita tristeza a notícia da morte de Paulo Gustavo. A COVID levou hoje mais um de nós. Um grande brasileiro, que brindou o nosso país com tanta alegria. Descanse em paz. O seu talento jamais será esquecido”, tweetou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dezenas de mensagens de pesar pela morte do ator criticaram o governo brasileiro pela sua forma de lidar com a pandemia.

Mais de 411.000 pessoas morreram de COVID-19 no Brasil, onde o presidente Jair Bolsonaro minimizou a gravidade da doença, promoveu aglomerados e questionou o uso de máscaras e a eficácia das vacinas.

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