A Câmara de Viseu abriu hoje os concursos a projetos no âmbito do programa Viseu Cultura para 2021, iniciativa que conta com um apoio de 800 mil euros distribuídos por quatro linhas de ação.

“Os concursos foram lançados esta manhã [hoje], um para cada uma das linhas da arquitetura do programa Viseu Cultura, que conta com um apoio total de 800 mil euros (…), sendo 450 mil para a linha Programar, 150 mil para a linha Animar e as linhas Criar e Revitalizar têm cada uma delas 100 mil euros”, especificou o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Viseu.

Jorge Sobrado falava aos jornalistas na apresentação do programa Viseu Cultura, para 2021, que está recetivo a projetos que sejam entregues até 8 de novembro de “toda a gente que queira, desde artistas a instituições locais, regionais e nacionais, profissionais ou amadores”.

“Além da programação de eventos e festivais, da linha Programar, temos a linha Animar, para programação cultural em sítios de interesse patrimonial e, este ano, destacam-se com especial interesse a mata do Fontelo, a Cava de Viriato e o Monte de Santa Luzia”, precisou o vereador.

A terceira linha, a Criar, continuou, é dedicada à criação artística não integrada em eventos, ou seja, “é claramente uma linha voltada para artistas emergentes ou profissionais nas mais diversas áreas, como as artes plásticas, a fotografia, o cinema ou a música para criações originais”.

“A linha Revitalizar, que é uma espécie, a nível nacional, de parente pobre da Cultura, é para o apoio da revitalização, do rejuvenescimento e modernização da cultura popular de raízes tradicionais”, explicou.

Jorge Sobrado adiantou ainda que na linha Criar “são valorizados os projetos que se enquadrem no tema de 2021 que será ‘Viseu Cidade Jardim’”, ou seja, “são valorizadas as intervenções artísticas que explorem as dicotomias conceptuais: cultura/natureza; Homem/meio ambiente e cidade/campo”.

“Viseu Cidade Jardim será o tema que vamos valorizar na agenda cultural e de promoção turística no próximo ano. É um tema muito querido para a cidade, porque remete-nos para a primeira assinatura de promoção turística da cidade nos anos 30, do século XX, na altura com a presença do capitão Almeida Moreira”, explicou.

No decorrer da apresentação o presidente da Câmara fez um balanço do programa nos anos anteriores e contabilizou que, “em sete anos de mandato, só no domínio da Cultura, fixaram-se em Viseu cerca de 100 pessoas”.

António Almeida Henriques acrescentou ainda que “se se somar à Cultura as indústrias criativas, serão cerca de 200 pessoas nestas duas áreas” o que “já pode ser considerado de micro ‘cluster’”.

“O Viseu Cultura, em 2018, tinha uma taxa de execução de 97%, em 2019, foi de 82% e 90% este ano de 2020, o que é uma excelente taxa. Desde 2018, já foram aprovados 134 projetos e, segundo o INE, mais de metade dos espetáculos ao vivo realizados em Viseu são apoiados pelo município”, disse.

Com base nos dados do instituto Nacional de Estatística (INE), de 2018, Almeida Henriques referiu que “Viseu ocupa hoje um honroso primeiro lugar no número de sessões ao vivo por mil habitantes” e “um honroso segundo lugar no indicador de públicos em espetáculos ao vivo por cada mil habitantes”.

No que diz respeito a números absolutos de espetadores, acrescentou o autarca, “Viseu não fica mal na fotografia, porque ocupa o quarto lugar a seguir a Braga, Lisboa e Porto”.

“Não vamos confinar a cultura, ela continuará a ter um espaço próprio e esta continuidade na nossa aposta no setor, que é também economia e fator de desenvolvimento do concelho, é uma garantia de que vai ter continuidade no presente e futuro”, considerou o presidente.

Neste sentido, Almeida Henriques destacou que “cerca de 90% da produção cultural de Viseu não é feita pela autarquia, é feita com o apoio da autarquia, mas feita por agentes independentes”.

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