O próximo ano traz ainda novidades como o quinto volume da Bíblia traduzida do grego por Frederico Lourenço, na Quetzal; o romance de Hernan Díaz “Confiança”, que esteve na corrida ao Prémio Booker deste ano, na Livros do Brasil; a biografia de Natália Correia, “O dever de deslumbrar”, por Filipa Martins, na coleção de biografias da Contraponto, e as novelas gráficas “O Segredo da Força Sobre-Humana”, de Alison Bechdel, e “Ducks”, de Kate Beaton, pela Relógio d’Água.

Pela Presença, chega às livrarias, no primeiro trimestre, “O olhar mais azul”, primeiro romance da Prémio Nobel da Literatura Toni Morrison, até agora inédito em Portugal, com tradução de Tânia Ganho, bem como um romance de estreia aclamado pela crítica, “Na pele dos outros”, de Cala Henkel, que retrata a Geração Y e será, em breve, adaptado ao cinema.

No segundo trimestre será publicado o romance “The overstory”, de Richard Powers, vencedor de um Pulitzer em 2019, com tradução de Nuno Quintas, que tem no seu epicentro nove estranhos e uma catástrofe natural à beira de acontecer.

Outra novidade para 2023 é a publicação pela primeira vez em Portugal do único romance de Silvina Ocampo, “A promessa”, publicado postumamente em 2011, o labor dos últimos dias da escritora argentina, já atormentada pela doença.

A ser lançado pela Antígona – que já publicou dois livros de contos da autora, “A fúria” e “As convidadas” – este é um livro sobre “a fragilidade da memória e a ilusão da identidade, à deriva num oceano de recordações”.

A Antígona vai publicar ainda “O Inquilino Quimérico”, do escritor, pintor e ator francês surrealista Roland Topor, de quem editou anteriormente “A cozinha canibal” e “100 boas razões para me suicidar aqui e agora”.

A Elsinore vai lançar em Portugal a aclamada escritora mexicana Fernanda Melchor, com o seu premiado romance “Temporada de furacões”, finalista do National Book Award, do Prémio Booker Internacional e do Dublin Book Award.

Este livro, que tem sido comparado pela crítica internacional a obras de Cormac McCarthy, Roberto Bolaño e Juan Rulfo, é um “retrato assustador de um México sem lei nem esperança”, escrito “no limite da oralidade, que subverte as convenções da crónica e do romance negro, revelando um lirismo inesperado”.

Outra escritora inédita da América Latina que a Elsinore vai publicar em 2023 é a chilena Alia Trabucco Zéran, de quem editará “Limpa”, “romance-sensação” escrito de “modo original, que renova o conflito de classes projetando-o no quadro da intimidade familiar.

“Onde o lobo espreita”, da escritora israelita Ayelet Gundar-Goshen, e “Internato”, do escritor ucraniano Serhij Zhadan são outros destaques da editora.

Na Cavalo de Ferro vão sair três textos célebres de Franz Kafka – “A Sentença”, “A Metamorfose” e “Na Colónia Penal” – reunidos num único volume com o título “Punições”, e “Retrato de grupo com senhora”, de Heinrich Böll, um das obras mais famosas do escritor alemão, que terá sido considerada decisiva para a atribuição do Prémio Nobel de Literatura ao seu autor, em 1972.

Entre as novidades da Alfaguara, contam-se, para além da reedição de “O homem sentimental”, de Javier Marias, o livro de contos “Canções para o incêndio”, do colombiano Juan Gabriel Vasquez, e o mais recente romance de Elizabeth Strout, “Lucy à beira-mar”, que encerra a saga em torno da personagem Lucy Barton.

Um dos grandes destaques desta editora é a publicação inédita em Portugal da escritora francesa Pauline Delabroy-Allard, que o jornal The Guardian descreveu como “uma das mais entusiasmantes escritoras europeias da atualidade”, com o seu romance “Quem sabe”, situado na fronteira entre realidade e ficção.

A Companhia das Letras vai lançar “Via Ápia”, o romance de estreia do escritor brasileiro Geovani Martins, que anteriormente publicou o livro de contos “O sol na cabeça”.

Além de “O Segredo da Força Sobre-Humana”, de Alison Bechdel, e “Ducks”, Kate Beaton, a Relógio d’Água anuncia também para o próximo ano as novelas gráficas “A Amiga Genial”, de Elena Ferrante, adaptado por Mara Cerri e Chiara Lagani, e “Duna”, de Frank Herbert, adaptado por Brian Herbert e Kevin J. Anderson.

“A Filosofia da Canção Moderna”, de Bob Dylan, que a editora já anunciara para dezembro, “A Estrela da Manhã”, de Karl Ove Knausgård, “Breves Notas sobre o Oriente. Entre Oriente e Ocidente”, de Gonçalo M. Tavares, e “Os Diários e Cadernos”, de Patricia Highsmith, são outras das novidades.

A editora vai lançar também o novo romance de Ottessa Moshfegh, “Lapvona”, “Laranjeira-Amarga”, de Jokha Alharthi, e “Todos os Nossos Ontens”, de Natalia Ginzburg, com introdução de Sally Rooney.

A Guerra e Paz vai publicar toda a ficção de Jorge de Sena, assim como ensaios selecionados, livros de ensaios de Isaiah Berlin, Allan Bloom e Thomas S. Khun, e, no romance internacional, publicará “A Casa do Outro Lado do Lago”, do norte-americano Riley Sager, “A Vida Mortal e Imortal de Rapariga de Milão”, do italiano Domenico Starnone, “Era Uma Vez Tudo”, do brasileiro Paulo Nogueira, e “Quero Morrer Mas Também Quero Comer Ttokbokki”, da coreana Baek Se Hee.

Outra novidade desta editora é a monumental “História do Fascismo”, do historiador italiano Emilio Gentile, livro de 1.300 páginas agora publicado em Itália e de que Guerra e Paz foi a primeira editora a adquirir os direitos internacionais.

Entre as novidades da Almedina, incluem-se o romance “O Charco do Diabo”, de George Sand, na chancela Minotauro, um clássico do período romântico, escrito sob pseudónimo masculino, para evitar a discriminação, e “O Fogo da Liberdade”, de Wolfram Eilenberger, nas Edições 70, uma história entrecruzada de quatro filósofas – Simone de Beauvoir, Simone Weil, Ayn Rand e Hannah Arendt - que lutaram pela Liberdade em tempos sombrios.

A Porto Editora publicará “Um Homem Chamado Ove”, primeiro romance do escritor sueco Fredrick Backmann, que foi adaptado ao cinema – com estreia prevista em janeiro – por Marc Foster, com Tom Hanks no papel principal.

Outras novidades desta editora são “Os segredos de Juvenal Papisco”, de Bruno Paixão, livro vencedor da segunda edição do Prémio Literário Luís Miguel Rocha, e “A Morte e o Pinguim”, do ucraniano Andrei Kurkov, autor de “Abelhas cinzentas”.

Na poesia, a Assírio & Alvim editará “Canção Derruída”, da poeta brasileira Mar Becker.

A Tinta-da-China destaca para 2023 “Negro Nunca Mais”, de George S. Schuyler, com prefácio de Mia Couto, “Santa Evita”, de Tomás Eloy Martínez, há muito esgotado em Portugal, com prefácio de Mário Vargas Llosa, e “O Cronista Puxa-Puxa”, uma seleção inédita das crónicas de Rubem Braga.

A editora vai também lançar uma nova coleção com vários títulos, “O 25 de Abril visto de fora”, feita em parceria com a Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril, cujo primeiro volume será “Prática Democrática e Inclusão Política: Origens da clivagem ibérica”, de Robert M. Fishman.

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