O sétimo aniversário do projeto começa a ser celebrado na sexta-feira, em Beja, com Tiago Pereira a inaugurar o primeiro Centro Interpretativo d'A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria, contando com a atuação de Paulo Colaço e do Grupo Coral Douradas Espigas de Albernoa.

No sábado, Tiago Pereira ruma a Lisboa para uma curadoria musical no Teatro Nacional D. Maria II, no ciclo "Portugal em vias de extinção", com um grupo de polifonia de Carvalhal de Vermilhas.

A festa maior será no domingo, em Monforte da Beira, Castelo Branco, com um piquenique musical que contará com dezenas de artistas, tocadores e cantores de todo o país. Estão confirmados, entre outros, as Cantadeiras do Vale do Neiva de Viana do Castelo, do músico Pedro Mestre, das Ceifeiras de Pias e de Jorge Cruz (Diabo na Cruz).

A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria, criada a 16 de janeiro de 2011, começou por ser um canal de música portuguesa na plataforma Vimeo que divulgava vídeos de artistas portugueses, entre músicos conhecidos e outros que saem do anonimato, a tocarem em locais inesperados.

Sete anos depois, Tiago Pereira tornou-se num dos maiores recoletores de testemunhos visuais e orais da música popular portuguesa, com milhares de horas de gravações e quilómetros percorridos de norte a sul e ilhas do país.

A par da plataforma na internet, o projeto estendeu-se a programa de rádio, a uma série de televisão, a uma curadoria no festival Bons Sons, com cerca de três mil vídeos gravados e vários documentários.

Vencedor do prémio Megafone e fundador do projeto Sampladélicos, Tiago Pereira assinou filmes como "Os cantadores de Paris" (2017), "Porque Não sou o Giacometti do século XXI" (2015), "Não me importava morrer se houvesse guitarras no céu" (2012), "Sinfonia Imaterial" (2011), "Arritmia" (2007) e "11 burros caem no estômago vazio" (2006).