“Esta decisão ocorre no contexto da crise geopolítica iniciada pela declaração de guerra da Rússia à Ucrânia e os laços políticos entre Pequim e Moscovo”, referiu o presidente do departamento de Nord, no norte de França, responsável pelo museu, citado em comunicado.

Christian Poiret condenou ainda a declaração de guerra do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

“É um grave ataque à nossa história, às nossas democracias, à Europa e ao equilíbrio de paz que nos une desde 1945", frisou.

O envio destas 280 obras de Henri Matisse para a China, para duas mostras de arte agendadas para 2022, foi suspensa para nova data ainda a definir.

A colaboração entre os museus chineses e o Matisse du Cateau-Cambrésis está "suspensa até novo aviso", refere ainda.

"A Europa deve agir para salvar o povo ucraniano. Orgulhemo-nos de amar a democracia em vez do totalitarismo. Vamos defendê-la", assegurou o governante francês.

A cultura tem sido uma das vítimas colaterais da invasão russa à Ucrânia, pois várias instituições de prestigio no Ocidente têm agido contra a presença cultural russa.

A Rússia já foi proibida de participar do Festival Eurovisão da Canção.

O maestro russo Valery Gergiev, conhecido por ser próximo de Vladimir Putin, foi substituído de três atuações com a Filarmónica de Viena agendadas, para o final desta semana, no Carnegie Hall, divulgou na quinta-feira esta conhecida sala de espetáculos nova-iorquina.

Também o festival Dvorak Praga cancelou a presença de Valery Gergiev, que iria dirigir a Orquestra Filarmónica de Munique em setembro.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.