"Spiritus”, o espetáculo de ‘vídeo mapping’ que será implementado na Igreja dos Clérigos, em parceria com o atelier criativo OCubo a partir de dia 28 de abril, “parte do universo poético de Fernando Pessoa para construir uma narrativa que convoca a um tempo o imaginário, a espiritualidade e o ‘mindfulness’ (aqui e agora), numa experiência sensorial de luz, cor e som”, lê-se num comunicado da Irmandade dos Clérigos enviado à Lusa.

É uma experiência que conjuga o respeito pela sobriedade do templo com a grandiosidade do monumento e a admiração pela obra poética de um dos maiores vultos das letras portuguesas”.

O poema "Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir", assinado pelo heterónimo Álvaro de Campos, não vai ser analisado ou dramatizado, mas serve de inspiração “para a viagem interpretativa que 'Spiritus' propõe”, explica a organização.

O espetáculo de música, luz e poesia segue o desafio do poeta de “encarar Deus, seja ele quem for, como pretexto para exaltar a vida e as sensações, num misto de experiência prazerosa e contemplativa”.

“É uma autêntica ode à vida, uma poesia com melodia, sincronia e leveza, que se propõe levar o visitante a tentar a transcendência percorrendo experiências de harmonia e desarmonia que exploram a música, luz, energia e cores para mostrar que, afinal, o ciclo da vida é uma peregrinação infinita".

A Irmandade dos Clérigos é uma instituição solidária, responsável pela gestão do conjunto arquitetónico Clérigos (Igreja e a Torre), classificado Monumento Nacional desde 1910.

A Igreja e a Torre, desenhadas pelo arquiteto Nicolau Nasoni, são a casa da Irmandade dos Clérigos desde 28 de março de 1748.

O estúdio criativo OCubo, fundado em 2004, tem trabalhos apresentados em mais de 30 países, vários dos quais mereceram prémios e distinções de prestígio. Entre os mais singulares espetáculos estão o "Lisbon Under Stars" e "Lisbon Legends".