Os Throes + The Shine, que juntam músicos portugueses e angolanos, editam no dia 20 o álbum "Wanga", no qual rompem com a estética do "rockuduro", que os apresentou em 2012, e se estendem a outros ritmos.
"Um dos objetivos foi mesmo tentar fazer diferente. Quando começámos, para nós era uma novidade misturar as duas coisas [rock e os ritmos do kuduro], mas esgotámos isso, queríamos explorar outros géneros", afirmou à agência Lusa o músico Marco Castro.
"Wanga" é o terceiro álbum de originais de um projeto que junta duas bandas do Porto, que se conheceram no contexto de um festival: os portugueses Throes e os angolanos The Shine. Juntos editaram em 2012 o álbum "Rockuduro", dois anos depois "Mambos de outros tipos".
Marco Castro aponta ainda outras diferenças de "Wanga" em relação aos discos anteriores. A composição das canções foi mais demorada, com a escrita das letras em conjunto, houve ocasionais mudanças de instrumentos entre músicos, entraram artistas convidados e Moullinex (Luís Clara Gomes) assinou a produção.
"Fizemos mais músicas e depois acabámos por descartar algumas até ao alinhamento final. E tivemos um produtor a quem abrimos o processo de criação final do disco. Há menos rock e há mais electrónica e outras sonoridades, como a cumbia", disse o músico.
O músico congolês Pierre Kwenders, a argentina La Yegros, a portuguesa Da Chick e os colombianos Meridian Brothers são os convidados em "Wanga", fruto dos contactos que os Throes + The Shine fizeram ao longo do último ano, passado grande parte na estrada, em digressão.
"Wanga" sai pela editora portuguesa Discotexas, com garantia de distribuição no mercado internacional, onde os Throes + The Shine têm tentado consolidar uma posição.
"Nos concertos somos bem recebidos, seja em salas pequenas seja em festivais. Por causa desta fusão de ritmos, somos capazes de integrar um festival de world music ou dos mais típicos", referiu Marco Castro.
Para mostrar ao vivo "Wanga", o grupo tem já agendados para este ano 40 concertos, sendo apenas cinco em Portugal.
No final de março esgotaram um concerto em Bruxelas e esta semana atuam em França e na Holanda.
No dia 28 de maio apresentam-se no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, e a 7 de julho regressam ao festival Nos Alive, em Algés.
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