Num comunicado enviado à agência Lusa, a organização do festival de música sacra do Baixo Alentejo explica que a decisão de atribuir ao Terras sem Sombra o selo EFFE - Europe Festivals - Festivals de l'Europe, considerado "o mais importante do setor", foi tomada por um júri internacional constituído por responsáveis da "cúpula" dos festivais europeus.

O júri considerou o festival alentejano "uma criação única, que forjou laços pouco usuais entre uma instituição religiosa e um sólido programa artístico e, ao mesmo tempo, desenvolve um particular conjunto de ações para a promoção do património artístico e do património natural", refere a organização.

Por outro lado, o júri considerou que o Terras sem Sombra, "não obstante ter lugar numa região periférica", apresenta "uma programação cuidada e coerente" e evidenciou a "cooperação" da organização com regiões vizinhas de Espanha e o "forte envolvimento das comunidades" na realização do festival.

Segundo a organização do Terras sem Sombra, o selo é uma "prestigiosa marca" criada pela Associação de Festivais Europeus (European Festivals Association - EFA) por iniciativa da Comissão Europeia.

O selo, que segundo a associação só é outorgado a um "núcleo cimeiro" de projetos artísticos, distingue os festivais que se destacam, no espaço comunitário, pela excelência da programação, pelo caráter inovador e pela criação de novos públicos, explica a organização.

O Terras sem Sombra foi criado em 2003 e é organizado pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja em parceria com a Pedra Angular - Associação dos Amigos do Património.

O 13.º Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo - Terras sem Sombra, sob o título "Do Espiritual na Arte Identidades e Práticas Musicais na Europa dos Séculos XVI-XX", arrancou no passado dia 11 de fevereiro e decorre até 01 de julho em oito concelhos do Alentejo.

O festival inclui visitas a património de centros históricos, novidade este ano, concertos em igrejas e passeios pela biodiversidade e a cerimónia de entrega do Prémio Internacional Terras sem Sombra 2017.