O filme "On Becoming a Guinea Fowl" foi premiado por um júri composto pela programadora de cinema e fotógrafa ruandesa Lyse Ishimwe Nsengiyumva, a diretora de fotografia portuguesa Marta Simões e o poeta, dramaturgo e tradutor Daniel Jonas, que sublinharam a sua "narrativa corajosa e uma cinematografia impressionante".

Ainda na competição internacional de longas-metragens, a edição deste ano do IndieLisboa atribuiu o Prémio Especial do Júri Canais TVCine – que garante a aquisição dos direitos do filme para Portugal – a "Vitrival – The Most Beautiful Village in the World", da dupla belga Noëlle Bastin e Baptiste Bogaert, um filme em que, de acordo com o júri, "o humor é seco, o ritmo é deliberado e o resultado é uma meditação irónica e pungente sobre a inércia e a estranheza tranquila da vida rural".

O Grande Prémio de Curta-Metragem EMEL, no valor de 4.000 euros, foi atribuído a "Their Eyes", do francês Nicolas Gourault, que o júri - composto pela poeta Beatriz de Almeida Rodrigues, a cineasta e artista francesa Inès Sieulle e o investigador e crítico de cinema romeno Victor Morozov- descreveu como "uma meditação relevante sobre a forma como a tecnologia está a moldar a nossa perceção do mundo".

Também na competição internacional de curtas-metragens, "Servicio necrológico para usted", da cubana María Salafranca, e "The Building and Burning of a Refugee Camp", do irlandês Dennis Harvey, venceram o Prémio Especial de Júri, que atribui 500 euros a cada um dos filmes.

Na competição nacional, o Prémio MAX para Melhor Longa-Metragem Portuguesa, no valor de 5.000 euros, foi para "Hanami", de Denise Fernandes, um filme que se "distinguiu pela sua precisão formal, profundidade emocional e contenção narrativa", segundo o júri, que sublinhou ainda "a sua linguagem visual envolvente, em que cada fotograma contribui significativamente para uma atmosfera de reflexão silenciosa".

O Prémio Melhor Realização para Longa-Metragem (1.000 euros), consagrou "Duas Vezes João Liberada", de Paula Tomás Marques, um filme que o júri classificou como uma "abordagem ousada e inventiva à realização", que "interroga as convenções e hierarquias históricas e cinematográficas com inteligência, humor e confiança", concluindo que "a capacidade da realizadora de navegar por temas complexos com liberdade formal é reveladora de uma voz artística madura e distinta".

O júri da competição nacional - constituído pelo cineasta espanhol David Moragas, a diretora artística do Chicago International Film Festival, Mimi Plauché, e o ator português Ricardo Teixeira - decidiu ainda atribuir uma menção honrosa a "Deuses de Pedra", de Iván Castiñeiras Gallego.

O Prémio Melhor Curta-Metragem Portuguesa, no valor de 2.000 euros, distinguiu "Antígona ou a História de Sara Benoliel", de Francisco Mira Godinho.

O Prémio Novo Talento McFly - no valor de 5.000 mil euros convertíveis em serviços de pós-produção de som - foi atribuído a "La Durmiente", de Maria Inês Gonçalves.

O vencedor do Prémio Novíssimos, que soma ao valor de 1.000 euros a promoção e venda do filme em questão pela Portugal Film, foi "Em Reparação", de Beatriz Machado Oliveira.

O Prémio Honda Silvestre para Melhor Longa-Metragem, no valor de 1.500 euros, é dividido por "Ariel", de Lois Patiño, e "little boy", de James Benning, e o Prémio Silvestre Escola das Artes para Melhor Curta-Metragem, no valor de 1.000 euros, foi para "Razeh-del", de Maryam Takafori.

O Prémio IndieMusic (1.000 euros) foi para "Orlando Pantera", um filme de Catarina Alves Costa que terá uma exibição extra no IndieLisboa hoje, 11 de Maio, às 18:30, no Auditório Emílio Rui Vilar, na Culturgest.

O Prémio Amnistia Internacional (1.500 euros), foi também atribuído à longa-metragem "On Becoming a Guinea Fowl", de Rungano Nyoni, por um júri constituído por Ana Relvas França, Catarina Sobral e Rodrigo Cardoso.

Venceu o Prémio MUTIM (250 euros), para a curta-metragem da secção Novíssimos que melhor contribua para um imaginário cinematográfico não-estereotipado no cinema português, o filme "Amanhã Não Dão Chuva", de Maria Trigo Teixeira.

O Prémio Escolas para Melhor Curta-Metragem consagrou "Antígona ou a História de Sara Benoliel", de Francisco Mira Godinho, e o Prémio Universidades para Melhor Longa-Metragem Portuguesa foi atribuído a "Deuses de Pedra", de Iván Castiñeiras Gallego.

A sessão de encerramento do IndieLisboa 2025 decorre no domingo, às 21:30, na Culturgest, com a exibição do filme "Caught by the Tides", do cineasta chinês Jia Zhang-ke.

O Prémio do Público para as categorias de longa-metragem (1000 euros), curta-metragem (750 euros) e IndieJúnior (500 euros) só será conhecido na segunda-feira, indicou hoje a organização do IndieLisboa, acrescentando que os vencedores serão anunciados no ‘site’ do festival na Internet e nas suas redes sociais.