Quanto à alteração de título, Manuel Vieira da Cruz e Luís Abel Ferreira, responsáveis pela fixação de texto, escrevem que a autora o justificou da seguinte forma: “Eis como se termina um livro – deixando sempre alguma coisa por dizer” e terá ainda afirmado, sobre o destino do militar: “vos informarão outros melhor que eu”.
Deva-se esclarecer que este capitão, assassinado em Rio de Mouro, nos arredores de Lisboa, esteve implicado na denominada “Revolta da Sé”, a conspiração de 12 de março de 1959, contra o Estado Novo, regime ditatorial que vigorou de 1933 (ano da Constituição) a 1974.
Agustina - explicam Vieira da Cruz e Luís Abel Ferreira -, numa nota editorial, terá escrito uma primeira versão do texto “com rigor extremo, no clímax da narrativa; mas, depois, decidiu eludir, superar o facto, para resolver o romance de outro modo”, mantendo a alegoria bíblica dos filhos de Job.
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