O festival Primavera Sound arranca esta quinta-feira no Parque da Cidade, no Porto, com três dias de música de dezenas de artistas internacionais, com destaque para Lorde, A$AP Rocky e Nick Cave & The Bad Seeds.
Na sétima edição, em que o recinto conta com quatro palcos, a cantora pop neozelandesa, o ‘rapper’ norte-americano e o músico australiano são os cabeças de cartaz da edição portuguesa de um festival que também se realiza em Barcelona, Espanha, com programação diferente. Mas há outros nomes, como The War on Drugs, Mogwai, Jamie XX, Father John Misty ou The Breeders, entre muitos outros.
O grande destaque do primeiro dia vai para a cabeça de cartaz Lorde, a apresentar “Melodrama” (2017), o segundo álbum da carreira da cantora neozelandesa de 21 anos, depois do sucesso obtido com “Pure Cocaine”, disco lançado em 2013, que incluía o êxito “Royals”.
O dia começa com os portugueses Fogo Fogo, pelas 17:30, a mesma hora a que atuam, no Palco Super Bock, os Foreign Poetry, projeto do inglês Danny Geffin e do austríaco Moritz Kerschbaumer, que se estreia no Primavera Sound depois de editarem o disco “Grace and Error on the Edge of Now”, gravado em Lisboa.
Outro dos destaques de quinta-feira é o ‘alter ego’ musical de Joshua Tillman, Father John Misty, que estreia em Portugal o disco “God’s Favorite Customer”, lançado no dia 01 de junho, depois de o antigo baterista dos Fleet Foxes se ter destacado com "I Love You, Honey Bear" (2015) e "Pure Comedy" (2017).
No primeiro dia atuam ainda nomes como Jamie XX, Waxahatchee, Motor City Drum Ensemble ou o ‘rapper’ Tyler the Creator, no Porto para apresentar “Flower Boy”, lançado em 2017 e nomeado para o Grammy de Melhor Álbum Rap.
No segundo dia, o grande destaque vai para outro ‘rapper’ norte-americano, A$AP Rocky, que lançou, a 25 de maio deste ano, o mais recente trabalho de estúdio, “Testing”, sendo bem recebido pela crítica generalizada.
O nova-iorquino de 29 anos, membro dos ASAP Mob, de onde retirou parte do nome, tornou-se um dos grandes do género ao lançar, em 2011, o EP “Live. Love. A$AP”, que o levou a acordos com editoras discográficas do circuito comercial, editando então “Long. Live. A$AP”, em 2013, e “At. Long. Last. A$AP”, em 2015.
Na sexta-feira, outro dos momentos mais esperados é o regresso dos The Breeders, o grupo norte-americano liderado por Kim Deal, ex-Pixies, que este ano editaram “All Nerve”, um regresso aos discos depois de dez anos de ausência.
O segundo dia arranca pelas 17:00 com dois grupos portugueses - Black Bombaim, no Palco Super Bock, e Solar Corona, no Palco SEAT -, num dia que inclui ainda Zeal & Ardor, a presença habitual dos Shellac, mais Vince Staples, Fever Ray ou Unknown Mortal Orchestra, caracterizado pela mistura de géneros musicais através dos quatro palcos do evento.
No sábado, último de três dias do evento, o grande destaque vai para o australiano Nick Cave, acompanhado pelos The Bad Seeds, a banda que com ele grava e toca desde os 1980, num regresso a Portugal e ao festival, onde atuou há cinco anos.
O disco “Skeleton Tree”, editado em 2016 e bem recebido por crítica e público, é o mais recente registo do músico, e aborda a morte do filho Arthur, de 15 anos, durante as gravações.
No último dia, que arranca com o português Luís Severo, terá ainda Caroline Lethô, DJ lisboeta, vão atuar os britânicos Public Service Broadcasting, a norte-americana Kelela e o multi-instrumentalista camaronês Vagabon.
O dia mistura o rock dos norte-americanos The War on Drugs, autores de “A Deeper Understanding”, que no início do ano ganhou o Grammy de Melhor Álbum Rock, com o dos canadianos Wolf Parade, a apresentar “Cry, Cry, Cry”.
Os escoceses Mogwai atuam já depois da meia noite, mostrando o ‘pós-rock’ que os caracteriza, apresentando o novo disco, “Every Country’s Sun”, enquanto o alemão Nils Frahm representa a música eletrónica, com presença significativa no certame.
Hoje, pelas 23:00, o Primavera Sound leva o DJ e produtor norte-americano Fatboy Slim à avenida dos Aliados para um concerto gratuito do antigo membro dos The Housemartins, autor de sucessos como “Right Here, Right Now”, “The Rockafeller Skank” ou “Weapon of Choice”.
A sétima edição do NOS Primavera Sound no Porto realiza-se de quinta-feira a sábado, com passes gerais esgotados e os bilhetes diários a custarem 60 euros para os dois primeiros dias, com o terceiro já totalmente lotado.
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