Os nomeados da edição do prémio, que distingue uma obra literária traduzida para o inglês e publicada no Reino Unido ou na Irlanda, são a catalã Eva Baltasar, com “Boulder”, o sul-coreano Cheon Myeong-kwan, com “Whale”, a francesa Maryse Condé, com “The Gospel According To The New World”, e o ivoriano Armand Gbaka-Brédé (que assina como GauZ’), por “Standing Heavy”.

Também nomeados estão o búlgaro Georgi Gospodinov, com “Time Shelter”, a norueguesa Vigdis Hjorth, com “Is Mother Dead”, o ucraniano Andrei Kurkov, com “Jimi Hendrix Live in Lviv”, o francês Laurent Mauvignier, por “The Birthday Party”, o alemão Clemens Meyer, por “While We Were Dreaming”, o indiano Perumal Murugan, por “Pyre”, a mexicana Guadalupe Nettel, com “Still Born”, a sueca Amanda Svensson, por “A System So Magnificent It Is Blinding”, e o chinês Zou Jingzhi, com “Ninth Building”.

A seleção foi feita por um júri presidido pela escritora Leila Slimani e composto pelo tradutor Uilleam Blacker, pelo escritor Tan Twan Eng, pela crítica Parul Sehgal e pelo editor literário do Financial Times, Frederick Studemann.

“O que foi muito recompensador nesta experiência foi ler livros de todo o mundo, com uma variedade de forma e conteúdo extraordinária. Cada um dos jurados tem gostos diferentes e foi isso que tentámos refletir nesta lista. Celebra a variedade e diversidade da produção literária de hoje, as diferentes formas em que o romance pode ser visto”, afirmou Slimani, citada no comunicado.

A organização salientou que Maryse Condé é a autora mais velha alguma vez nomeada para o prémio, aos 89 anos, havendo três escritores (GauZ’, Zou Jingzhi e Amanda Svensson) que surgem nomeados com a sua estreia em inglês.

GauZ’ é um escritor, editor e fotógrafo que viveu em Paris como estudante sem documentos, onde também trabalhou como segurança (profissão no passado que partilha com o alemão Clemens Meyer), antes de voltar à sua Costa do Marfim natal.

A lista de finalistas do prémio Booker Internacional vai ser revelada na Feira do Livro de Londres, no dia 18 de abril, estando previsto um prémio de cinco mil libras para os livros que chegarem a essa fase, repartido em metade para autor e tradutor.

O livro vencedor vai ser anunciado no dia 23 de maio, com um prémio de 50 mil libras, também igualmente dividido entre autor e tradutor.

Nenhuma das obras nomeadas está publicada em Portugal, embora alguns autores tenham livros editados em território português, como Andrei Kurkov (“Abelhas Cinzentas”, pela Porto Editora, em setembro do ano passado), Guadalupe Nettel (“O Corpo em que Nasci”, pela Teodolito, em 2013), Vigdis Hjorth (“Herança”, pela Livros do Brasil, em 2021) e Eva Baltasar (“Permafrost”, pela Kalandraka, em 2021).

De Maryse Condé, nascida em Guadalupe, está editado em Portugal "Eu, Tituba, bruxa... negra de Salem" (pela Maldoror, no ano passado).

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