A edição de 2022, que vai decorrer nos fins de semana de 14 a 17 de julho e de 22 a 24 de julho, vai movimentar 378 artistas de 16 países, em 130 ações relativas a 43 projetos, que vão da música ao teatro de rua e da dança ao ar livre, e passando pela animação dos canais com remo e canoagem.

“É uma aposta na qualidade, com uma dimensão cultural e que explora também a água, com ações na área da náutica, com uma programação integrada com a candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura”, sintetizou o presidente da Câmara, Ribau Esteves, na apresentação do festival.

Em relação ao investimento, o autarca revelou que será de 420 mil euros, garantindo que “a intenção é fazer crescer a dimensão financeira até 2025”.

José Pina, diretor do Teatro Aveirense e da candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura explicou que a programação, multifacetada, estabelece uma relação direta de companhias internacionais com nacionais e associações locais, afirmando Aveiro como um palco de espaço público de referência europeia, sendo “o maior festival nacional de cidade”.

O planeamento estratégico, a capacitação de equipas técnicas e artísticas e envolvimento da comunidade local são alguns dos passos dados para montar o festival, em cuja programação merece destaque a forte presença de companhias do País Basco, como região europeia convidada para o festival.

Ao nível musical, a 15 de julho, na Praça Marquês de Pombal atuam os Moonshiners com The Legendary Tigerman, a Fanfarra Kaustika e O Gajo, enquanto na escadaria Atlas estará Slinnmy.

No dia seguinte, 16, também na escadaria, atuam Peter Storm & The Blues Society, e dia 17 os Carapaus orkestra, enquanto o coreto do Jardim será para Noiverv na véspera.

Dia 22 será um dos momentos altos do cartaz, com Aurea, Carolina Deslandes e Rita Redshoes juntas no cais da Fonte Nova, em Simphonygirls, uma encomenda específica para o festival, acompanhadas pela Banda Sinfónica de Aveiro/Banda Amizade.

Nos concertos ao final da tarde, referência para Paraguaii a 22 e Cachupa Psicadélica a 23, na escadaria Atlas.

No dia seguinte, 24, Agir vai atuar na Fonte Nova e Mirror People é o espetáculo de DJ na escadaria, sendo todos os dias musicados nas ruas do centro da cidade pela Fanfarra dos Canais.

Mais clássico é o concerto da Orquestra Filarmónica das Beiras no Átrio do Carmo, dia 17, local onde a 22 e 23 haverá um foto-concerto denominado “viagens na minha Terra”.

Ainda a nível musical, a Companhia de Música Teatral ocupa a 16 e 17 a Casa de Chá do Parque com Pa Pi – Opus 9.

Na dança “Corpo de Sal” de Lara Pereira & Malgorzata Sus vão movimentar a Marinha da Troncalhada dias 15, 16 e 17, sendo também de movimento “Em Dois” que a Companhia Instável e Roberto Olivan vão animar o Largo de São Gonçalinho dia 15.

Dias 16 e 17, na Praça Marquês de Pombal, os bascos da Hartink Dantza apresentam a coreografia UR e nas mesmas datas, na Baixa de Santo António poderá ser apreciado o espetáculo da Nova Galega de Danza.

No circo contemporâneo, uma das áreas mais marcantes do Festival dos Canais, assinala-se a apresentação de MÙ, um espetáculo de grande escala da Companhia Trans Express, que se inspira no imaginário de Júlio Verne (dia 23).

Os Deabru Beltzak apresentam Symfeuny, uma proposta criada a partir do fogo que irá convocar o público para uma parada dias 15 e 16.

Dança vertical é o que vai demonstrar a 22 e 23, na fachada do edifício do Teatro Aveirense a companhia basca La Glo Circo.