“Espero que seja uma descoberta” para o público, porque “a vanguarda portuguesa tem caraterísticas próprias” e a “figura de Fernando Pessoa é fundamental” neste movimento da primeira metade do século XX, disse Manuel Borja-Villel, na apresentação da exposição, esta manhã, em Madrid.
O primeiro-ministro português, António Costa, e o ministro espanhol da Cultura, Ínigo Méndez de Vigo, inauguram oficialmente a exposição hoje, às 19:30 (18:30 de Lisboa).
A exposição, aberta ao público de 7 de fevereiro (quarta-feira) até 07 de maio, vai reunir mais de 160 obras de arte (pintura, desenhos e fotografia) de cerca de 20 artistas, como José de Almada Negreiros, Amadeo de Souza-Cardoso, Eduardo Viana, Sarah Affonso, Júlio, Sonia e Robert Delaunay, entre outros.
“Alguns artistas são conhecidos do público espanhol, como José de Almada Negreiros, mas, no seu conjunto, são pouco conhecidos”, disse Borja-Villel.
As obras em exposição são emprestadas por diversas coleções privadas e instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian (56 obras), a Biblioteca Nacional de Portugal, Museu Amadeo de Souza-Cardoso, em Amarante, e o Centro Georges Pompidou, em Paris, entre outras.
O diretor do Museu Rainha Sofia sublinhou que, ao contrário do que aconteceu em outros contextos periféricos, os artistas vanguardistas portugueses nunca foram seguidores miméticos das inovações artísticas dos centros da época, como Paris.
“E é essa forma de ser outra coisa que é única” com a vanguarda portuguesa, explicou Manuel Borja-Villel.
Os comissários da mostra são a historiadora de arte Ana Ara e o subdiretor do museu Rainha Sofia, o português João Fernandes, que na semana passada disse à Lusa que esta exposição vai ser “uma grande revelação”, com “nomes fundamentais” da história do Modernismo em Portugal.
A exposição também presta uma atenção especial às revistas onde Fernando Pessoa escreveu, como A Águia, Orpheu, K4 O Quadrado Azul, Portugal Futurista ou Presença, que “atuaram como caixa de ressonância das ideias de vanguarda.
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