
Ao segundo dia do festival “já foram vendidas mais de seis mil canecas de plástico recicláveis”, disse à Lusa Ana Brazão, responsável pelo Plano Ecológico dos Bons Sons, que ao longo de quatro dias leva a música portuguesa à aldeia de Cem Soldos, no concelho de Tomar.
O festival baniu este ano os copos de plástico, deixando aos festivaleiros apenas as possibilidades de “utilizarem esta caneca reciclável ou o tradicional púcaro de alumínio”, um dos símbolos do certame.
A ideia é “reduzir a pegada ecológica” no festival que pela primeira vez têm o apoio Selo Verde, um programa de 1,5 milhões de euros para cofinanciar medidas que tornem os festivais ambientalmente mais sustentáveis.
No caso do Bons Sons foram aprovadas quatro medidas: ações de sensibilização ambiental (que está a ser implementada no espaço criança); divulgação das medidas (através de vídeos projetados nos palcos entre concertos) a colocação de torneiras com temporizador e redução de caudal e a colocação de casas de banho secas.
As torneiras “vão traduzir-se numa redução de 50% da água habitualmente consumida”, afirmou Ana Brazão.
No caso das casas de banhos secas (que ao invés de àgua utilizam compostos) foram instaladas “dez nos parques de campismo” e, segundo a mesma responsável, os dejetos tratados serão “posteriormente usados nos jardins e campos da população”.
Depois das canecas, o material mais vendido hoje nas bancas de materiais promocionais do festival foram “os borrifadores”, na aldeia onde as temperaturas rondaram os 40 graus, e “esgotaram logo a seguir à hora do almoço, ou seja, um dia antes do que aconteceu o ano passado”, revelou Daniela Craveiro, da organização do Bons Sons.
O Festival Bons Sons decorre na aldeia de Cem Soldos, no concelho de Tomar.
Este domingo, será tempo de ouvir Paulo Bragança e José Cid, que vai apresentar o álbum de rock progressivo "10.000 anos depois entre Vénus e Marte", enquanto noutros palcos estão previstas as atuações de Joana Barra vaz, Sonoscopia, Captain Boy, Sampladélicos, Samuel Úria e Orelha Negra.
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