O livro será apresentado, numa sessão agendada para as 17:30, no jardim da Galeria Quadrum, junto à biblioteca dos Coruchéus, em Alvalade, pela diretora artística das Comédias do Minho, Magda Henriques.

O livro, uma “edição plurivocal” a que a Materiais Diversos (MD) se dedicou no último ano e meio, reúne contributos de um conjunto de pessoas especializadas em diferentes áreas da criação, da programação, da política cultural, convidadas para refletir sobre a programação fora dos grandes centros urbanos.

“O livro não é uma antologia, mas é, a partir do festival e das suas 10 edições, uma oportunidade para pensar o que é programar fora dos grandes centros urbanos, em particular uma iniciativa de uma estrutura independente e que está ligada à produção artística contemporânea”, disse à Lusa a diretora artística da MD, Elisabete Paiva.

Ao reunir um “leque muito diversificado de convidados, que tem desde um geógrafo, uma especialista em história da dança e coreografia, pessoas mais ligadas à acessibilidade cultural, à política cultural”, o objetivo é que “estas várias vozes ajudem a refletir” sobre vários projetos que, como o FMD, em Portugal “têm feito história”, afirmou.

Além do lançamento do livro, na programação para este mês, “de atividade intensa em várias geografias, contrariando, de inúmeras formas, o isolamento físico, social, intelectual e afetivo a que temos sido expostos”, a MD inclui iniciativas tão diversas como a participação, de hoje até sexta-feira, no festival Short Theatre, que decorre em Roma.

A participação, no âmbito do projeto More Than This, inclui os espetáculos “Dream is the Dreamer”, de Catarina Miranda, “Dança Sem Vergonha”, de David Marques, “Rua”, de Volmir Cordeiro, e “FIUME”, de Tiago Cadete e uma conversa com Daniel Blanga-Gubbay, Elisabete Paiva, Francesca Corona e Simone Frangi, sobre “três questões centrais ao projeto: hospitalidade, complexidade e deslocamento”.

Também esta semana, até domingo, no Centro Ciência Viva do Alviela, em Alcanena (Santarém), Bruno Caracol desenvolve o projeto “Subterrâneo”, uma leitura crítica do conto de Gabriel Tarde “Fragment d'histoire future”, cruzada com a história da espeleologia e bioespeleologia portuguesas, “como pretexto para refletir sobre utopias de organização social e arquitetura”, refere uma nota da MD.

Esta é uma das residências artísticas apoiadas pela MD programadas para este mês, sendo que, no âmbito da parceria com o Grand Studio, de 28 de setembro a 10 de outubro, a coreógrafa Olga de Soto estará nos Estúdios Victor Córdon, com “Traceology”, uma pesquisa “sobre os subtextos que podem despoletar a ação física, em diálogo com o momento presente em que a possibilidade do toque é posta em causa”.

João dos Santos Martins vai estar em residência artística no Centro Cultural da Malaposta, de 21 de setembro a 9 de outubro, com “Coreografia”, e Catarina Miranda, também num projeto associado da MD, retoma “Dream is the Dreamer” no festival Cumplicidades, de 25 a 27 de setembro, no CAL.

No próximo dia 23 à noite, via zoom, é retomado o clube de espetadores “Ver no Escuro”, na versão online iniciada em julho, com Olga de Soto. As sessões de outubro e novembro terão como convidados Marta Tomé e João dos Santos Martins, respetivamente.

Os Encontros que Contam 2020 finalizam no dia 30 de setembro, no Lar do Centro de Bem-Estar Social de Minde (Alcanena, Santarém), com uma sessão de contos “do pátio para a janela”, protagonizada por Ana Sofia Paiva e António Fontinha, “inspirada na partilha de descobertas e memórias das crianças e seniores sobre bichos pequenos, mínimos ou quase invisíveis”, afirma a nota da associação.

A Materiais Diversos é uma estrutura profissional independente que tem como missão “incentivar a investigação e experimentação artísticas, bem como sensibilizar múltiplos públicos para as artes performativas, com enfoque na dança contemporânea”.

Além do apoio à criação e difusão de projetos associados, a associação trabalha em parceria com os municípios de Alcanena e do Cartaxo “um programa de (des)envolvimento de públicos”.

O Festival Materiais Diversos surgiu neste território em 2009, então sob a direção do atual diretor do Teatro Municipal do Porto, Tiago Guedes, tendo assumido em 2017 a opção por um programa bienal.

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