A nós não nos escapa nada, e o novo single dos Keep Razors Sharp, "The Lioness" é só mais um exemplo da busca incessante por novidades do SAPO On The Hop. Querendo saber um pouco mais sobre a banda composta por Afonso, Luis, Bráulio e Carlos, estivemos à conversa com um dos seus membros, Luis Raimundo, ou simplesmente Rai, vocalista e guitarrista.
SAPO On The Hop: Todos vocês têm, ou começaram por ter, projetos paralelos aos Keep Razors Sharp. Como surgiu a ideia de se juntarem e fundarem o grupo?
Luis Raimundo (RL): Foi numa altura que coincidiu com a vinda do Afonso e do Bráulio para Lisboa. Andávamos com tempo livre demais e para nos afastarmos de apuros começámos a ensaiar. A ideia partiu do Bráulio.
Foi difícil encontrar uma harmonia entre as influências de cada um?
RL: Não querendo parecer arrogante, foi muito simples. Desde o primeiro ensaio que o nosso som ficou alinhado. Parecia algo que já estava destinado. Deixámo-nos levar sem grandes planos, de repente estávamos a fazer uma tour para promover um LP. Tem sido uma rica viagem.
Como funciona a gestão de tempo entre projetos?
RL: Com muita dedicação, pois todos nós temos outros projectos musicais. O Afonso acaba de gravar o novo disco de Sean Riley and The Slowriders (eu já o ouvi e está incrível). Eu vou gravar o disco novo de Poppers no final de ano, o Bibi tem o seu projeto Pernas de Alicante. Para além de tudo isso cada um de nós tem um emprego. Como se não bastasse vamos começar a trabalhar no novo disco de Keep Razors Sharp. Todos temos uma grande urgência em criar, somos hiperativos.
O vosso álbum de estreia foi lançado em outubro do ano passado. A escolha de um título homónimo foi propositada?
RL: Não pensámos muito sobre isso, achámos que para primeiro registo faria todo o sentido ser homónimo... "Olá, nós somos os Keep Razors Sharp".
Como tem sido a reação do público em geral?
RL: Tem sido muito gratificante. Sentimo-nos muito amados. É muito bom quando fazes a música que te apetece, sem pretensões e acabas por sentir tanto carinho por parte do público. É continuar.
Quase um ano depois do lançamento do vosso álbum, existe algum plano para novidades?
RL: Sim, vamos começar a trabalhar em algo novo muito em breve.
Vocês venceram na categoria de Banda Revelação nos prémios Pop-Eye (Prémios de Música e Criação Independentes da cultura POP em Espanha). Sentem falta do mesmo tipo de reconhecimento em Portugal?
RL: De forma alguma, muito pelo contrário. Portugal tem mostrado o seu amor. Temos tocado muito ao vivo, temos tido muita gente interessada em nos ver, temos passado nas rádios, vencemos um prémio de melhor banda sonora nacional em 2015 para o anúncio da ACP... Não nos podemos queixar, só agradecer.
Qual é o vosso maior objetivo para o futuro?
RL: Continuarmos a escrever canções juntos. Tiramos genuinamente um grande prazer sobre o processo.
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