Enquanto toca"Bella Ciao", interpretada por uma ativista iraniana, as atrizes francesas cortam o cabelo em frente às câmaras.

"O povo iraniano, começando pelas mulheres, manifesta-se com risco de vida. Esse povo só quer ter acesso à liberdade mais essencial. Essas mulheres, esses homens, pedem o nosso apoio", explica a mensagem coletiva das intérpretes.

"A sua coragem e dignidade obrigam-nos a agir. É impossível não denunciar essa terrível repressão várias vezes. (...) Decidimos responder à chamada cortando também uma mecha", explicam.

A convocação para cortar uma mecha de cabelo em frente à câmara surge após um manifesto publicado no dia anterior por mais de mil personalidades do cinema francês, como a atriz Léa Seydoux e o patrono do Festival de Cannes, Thierry Frambux , para "apoiar a revolta das mulheres no Irão", em uma mensagem transmitida à AFP.

Até agora, o mundo da cultura francesa falou discretamente sobre a morte em Teerão da jovem Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos, que morreu a 16 de setembro depois de ser presa por violar o rígido código de indumentária no Irão, que obriga as mulheres a usar um véu. Essa morte provocou indignação dentro e fora do país.

O uso do véu é um debate recorrente em França, um Estado oficialmente laico. Desde 2004, o uso de sinais religiosos visíveis nas escolas é proibido e os funcionários estão sujeitos ao princípio da "neutralidade".

No entanto, existem grupos feministas que defendem o uso do véu pelas mulheres muçulmanas em nome da diversidade e como medida de afirmação política.

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