Segundo a presidente do HCP, Inês Homem Cunha, a câmara já “sinalizou” alguns espaços onde o HCP pode funcionar provisoriamente, sem adiantar onde, mas a perspetiva é que a instituição volte a abrir portas, em definitivo, no seu local histórico, na Praça da Alegria.
A Câmara Municipal de Lisboa revelou a sua preocupação com as condições de segurança do edifício onde funcionava o HCP, não tendo adiantado qual o seu futuro.
Inês Homem Cunha realçou que “a câmara se comprometeu a apoiar ativamente, através da Direção Municipal da Cultura e da Empresa de Gestão e Animação Cultural (EGEAC), nas celebrações dos 75 anos do HCP”.
O Departamento de Marca e Comunicação da Câmara Municipal de Lisboa (CML), em resposta à agência Lusa, por correio eletrónico, sobre a reunião de hoje, disse que esta se destinou a "analisar e diligenciar soluções para a continuação da atividade da instituição e da oferta de programação regular ao público".
"Reconhecendo o município de Lisboa o papel determinante desta instituição na promoção e na divulgação do jazz, e a sua importância na cultura e na cidade de Lisboa, ficou estabelecida uma parceria entre a CML e o HCP com vista à celebração do aniversário do clube de jazz, que este ano cumpre 75 anos", acrescenta a resposta.
De acordo com a CML, "esta celebração terá lugar durante todo o mês de março".
O mais antigo clube de jazz europeu em atividade foi fundado oficialmente a 19 de março de 1948, quando Luiz Villas-Boas, melómano e seu fundador, preencheu a ficha de sócio número um - ficha que se mantém no património da instituição.
A par do clube e da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas, parte do trabalho do 'Hot' passa também pelo núcleo museológico, assente sobretudo no espólio deixado pelo fundador, que morreu em 1999.
O HCP funcionou sempre na Praça da Alegria, anteriormente no n.º 39, edifício que ardeu e 2009, tendo depois passado para o n.º 48, que ficou interditado na passada quarta-feira, por ordem camarária, justificada por “questões estruturais” do edifício.
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