O evento, organizado pela Câmara de Beja, vai decorrer até ao dia 23 deste mês na Casa da Cultura da cidade alentejana, onde estarão patentes 16 exposições de autores de Portugal, mas também de Angola, Bélgica, Brasil, Espanha, França, Inglaterra e Itália.
“Temos muita expectativa em relação a esta edição do festival, em que, tal como sucede todos os anos, tentamos fazer uma programação muito eclética e virada para todos os públicos, inclusivamente ao nível das exposições”, revelou à agência Lusa o diretor do evento, Paulo Monteiro.
Segundo o responsável, o Festival Internacional de BD de Beja tenta, todos os anos, “mostrar um bocadinho de cada coisa” dentro do universo da BD, “que é muito distinto entre si”.
“A nossa ideia é mostrar até que ponto o mundo da BD é diversificado e até que ponto existem propostas para todo o tipo de pessoas e de sensibilidades”, frisou.
Entre os autores com exposições no festival, Paulo Monteiro destacou o francês Tardi, responsável de “Foi assim a guerra das trincheiras” e da série “Adèle Blanc-sec”, e o espanhol Miguelanxo Prado.
“Talvez sejam os nomes mais conhecidos dos leitores da BD no mundo inteiro presentes em Beja”, disse.
Além destes dois autores, a edição deste ano do certame apresenta exposições dos portugueses Daniel Silvestre, Daniela Viçoso, Kachisou, Miguel Rocha e Xavier Almeida, assim como da dupla luso-brasileira Mário Freitas & Lucas Pereira.
O programa inclui também mostras de trabalhos de Alix Garin (Bélgica), André Diniz (Brasil), Antoine Cossé (França), Gloria Ciaponni & Luca Conca (Itália) e Javier Rodriguez (Espanha).
Exposições dos coletivos “Herdeiros do Manguito”, “Portugal em Bruxelas” e “Toupeira” são outros dos atrativos do evento.
Todos os autores das exposições vão estar em Beja no primeiro fim de semana do festival, que é inaugurado na sexta-feira, pelas 19:00, juntamente com os convidados Dominique Grange (França), Paul Gravett (Inglaterra) e Pedro Fidalgo (Portugal).
A programação, até dia 23 de junho, inclui várias iniciativas, como apresentação de projetos, conversas com autores, lançamento de livros, sessões de autógrafos, “concertos desenhados” ou “maratonas de desenho”, visitas guiadas, revisão de portfolios e ‘workshops’.
Durante os dias do festival, está igualmente a funcionar o Mercado do Livro, onde estarão representados cerca de 60 editores.
A programação inclui, no sábado, às 10h45, a entrega do Prémio Geraldes Lino 2024, criado pela Bedeteca de Beja, à autora portuguesa de BD Daniela Viçoso.
O diretor do certame disse esperar que, com este programa, seja possível manter o número de visitantes das edições anteriores, que ronda “entre 9.000 a 10.000 pessoas”.
Paulo Monteiro destacou ainda que, “nos últimos anos”, o evento tem conseguido atrair “visitantes franceses, espanhóis e italianos”.
“É uma tendência interessante que temos verificado, de há meia dúzia de anos para cá, que tem a ver com a internacionalização do festival ao nível dos ‘media’”, justificou.
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