O festival Folk Azores, o maior festival de folclore de Portugal, diz a organização, arranca no domingo na ilha Terceira e conta com a participação de 27 grupos de 14 países.
“É um festival certificado internacionalmente. Em termos internacionais, é o maior do país. Em Portugal, não há um desta dimensão. Nos últimos anos tem sido o maior e, este ano, bate todos os recordes”, adiantou, em declarações à agência Lusa, o presidente do Comité Organizador de Festivais Internacionais da Ilha Terceira (COFIT), Cesário Pereira.
Além de 14 grupos de folclore portugueses (11 da ilha Terceira, um da ilha do Faial e dois do continente português), atuam na 35.ª edição do Festival Internacional de Folclore dos Açores, Folk Azores, 13 grupos internacionais, num total de cerca de 1.150 artistas.
Chile e Tailândia são os países estreantes, este ano, mas chegam também grupos de Argentina, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Letónia, México, Polónia e Taiwan.
Segundo Cesário Pereira, só nos últimos 14 anos, em que presidiu ao COFIT, passaram pelo festival grupos folclóricos de 67 países e já começa a ser difícil integrar novos países, mas são os próprios participantes a aconselhar outros grupos a candidatarem-se ao Folk Azores.
“O bom nome que o festival tem, a internacionalização e a qualidade que o mesmo tem todos os anos, e que vem ficando cada vez melhor, permite que o festival traga novos grupos cá”, salientou, acrescentando que são os próprios grupos a suportar as deslocações aos Açores.
Durante oito dias, os grupos vão atuar em várias freguesias da ilha Terceira e nas Festas da Praia, na Praia da Vitória, estando prevista ainda a deslocação de alguns grupos à Semana do Mar, na ilha do Faial, e ao Festival Internacional de Folclore do Porto Formoso, na ilha de São Miguel.
O festival integra ainda quatro galas no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo e uma feira de artesanato e sabores tradicionais, encerrando com um espetáculo na Praça de Toiros da Ilha Terceira.
Com um orçamento de 100 mil euros, o festival é organizado por cerca de 120 voluntários, sem os quais não seria possível ser realizado, segundo o presidente do COFIT.
“Para um festival deste género, 100 mil euros é pouco. Temos de fazer dinheiro de onde não há dinheiro e temos de poupar muito para que as coisas corram bem. Se tivéssemos o dobro do dinheiro, não era bom, era espetacular, porque as coisas seriam feitas de outra forma, com mais espetáculos, com espetáculos com outro brilho”, frisou.
Os emigrantes açorianos que visitam a Terceira no mês de agosto são os primeiros a perguntar pelo cartaz do espetáculo nas redes sociais, mas a adesão dos habitantes da ilha também é grande, avançou Cesário Pereira, alegando que é sobretudo a diversidade dos grupos que atrai o público.
“É a diversidade de todos os grupos, desde o grupo português, desde o grupo açoriano que vai atuar no festival até todos os grupos que vêm da Ásia, da América do Sul, do norte ou do sul da Europa, não interessa de onde vêm. As pessoas gostam e sentem sempre um carinho especial pelos grupos que cá vêm, venham de onde vierem”, sublinhou.
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