De acordo com o Forum Dança, o festival prossegue assim a edição zero, iniciada em novembro do ano passado, de 17 a 25 de fevereiro, no Espaço Núcleo, com curadoria de Ezequiel Santos, com o objetivo de promover a experimentação e o trabalho de coreógrafos emergentes.
O festival, que terá a primeira edição em outubro deste ano, tem ainda o objetivo de aumentar a visibilidade de criadores internacionais com menor representação em Portugal.
O Cartografias abre no dia 17 de fevereiro com uma conferência com o título "Afetivo primitivo", um estudo sobre a potência do corpo que dança a partir de Nietzsche, realizado por Ana Mira, investigadora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Após a conferência, será então apresentada a coreografia de Hugo Calhim Cristovão & Joana von Mayer Trindade, uma dupla do Porto que estreia agora em Lisboa um espetáculo já apresentado no Porto e em Berlim, inspirado em Almada Negreiros, entre outros artistas, intitulado "Da insaciabilidade no caso ou ao mesmo tempo um milagre".
No dia seguinte, a 18 de fevereiro, será apresentada a 'conferência-performance-instalação' "Dança da crise ou talvez ele pudesse pensar primeiro e dançar depois ou como fazer coisas sem dança ou Oldschool#40", (2015) de e com João dos Santos Martins, com coreografia de Cyriqque Villemaux, um trabalho de revisitação histórica e política da performance em Portugal, nas últimas três décadas.
A 24 de fevereiro, Barinamo, coletivo dos coreanos Bari Kim e Namo, que se encontra em residência em Portugal, apresenta "Jardim da Estrela", um trabalho que retrata as experiências corporais dos artistas em Lisboa.
A peça reflete o processo de investigação e exploração de Bari Kim e Namo sobre a arte enquanto movimento-instalação-Instalação Movimento (M.I.I.M.)
De 20 a 24 de fevereiro, decorrerá o 'workshop' Reacting to Time – Trasnsmissão, com Vânia Rovisco, que culmina com a apresentação de "Reacting to Time, portugueses na performance", a 25 de fevereiro.
Esta performance procura atualizar a especificidade da memória corporal das primeiras experiências no país, e é o resultado do processo de transmissão da performance de António Olaio "Il faut danser Portugal" (1984), consistindo na construção de um arquivo vivo.
O Forum Dança é uma associação cultural sem fins lucrativos, criada em 1990, com o objetivo de promover a dança contemporânea, através da formação profissional e artística, da investigação, edição e documentação.
Realiza aulas regulares de dança dirigidas a públicos profissionais e amadores, adultos e jovens.
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