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A edição, que vai para as livrarias no dia 22 de março, inclui extratextos da edição de 1919, a cronologia da primeira invasão francesa e apontamentos biográficos das principais personagens.
Publicado pela primeira vez em 1912, “El-Rei Junot” é considerado um dos romances mais convulsivos e cruéis da literatura portuguesa, pondo a nu a invasão francesa comandada por Junot, militar de Napoleão Bonaparte.
“Este é um relato trágico e opressivo da primeira invasão francesa, comandada por Junot – aqui há homens que debalde se agitam, desesperam e morrem. Uma história de dor, uma história de gritos”, descreve a editora.
Este romance de Raul Brandão, que é também uma investigação histórica, ocorre no ano de 1807, quando Portugal é invadido pelos exércitos francês e espanhol.
A Corte portuguesa, com medo, foge para o Brasil, e o país vê-se ocupado durante quase um ano.
À volta de Junot agrupa-se uma nova corte, chega-se a planear a sua aclamação como rei.
Aos relatos das atrocidades dos invasores, sucedem-se os de violações, mortes e roubos, mas o povo revolta-se e, juntamente com forças inglesas, derrota Junot.
“Esta é a história de um dos episódios mais dramáticos de Portugal, narrado por um dos seus melhores escritores”, destaca a editora, considerando que “El-Rei Junot” “é um clássico quase esquecido que importa recuperar”.
Revelando um Portugal a ferro e fogo, que deixa um rasto de sangue e morticínios, a obra “impressiona pela marca pessoalíssima que Raul Brandão imprime à obra, colocando lado a lado o pessimismo e a fina ironia”, acrescenta.
Raul Brandão nasceu no Porto a 12 de março de 1867, foi um jornalista e escritor que ficou conhecido por obras como “Húmus”, considerado um dos maiores clássicos da língua portuguesa, “A Morte do Palhaço e o Mistério da Árvore” ou “Os Pescadores”.
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