O álbum, com selo da editora conimbricense Lux Records, foi gravado e produzido nos estúdios Blue House, contando com a colaboração de Rui Maia (X-Wife) numa das faixas do disco, anunciou a editora.

"Será um pouco redutor falar de um projeto só de pós- punk. Temos músicas claramente nessa linha, mas também temos umas guitarras gótico vanguardistas. Mas a nossa principal preocupação é fazer canções. Os 11 temas poderiam ser 11 singles", afirmou à agência Lusa Alberto Ferraz, um dos membros do grupo.

Para o guitarrista, no álbum, há uma mescla de referências que vão do pós-punk à pop dos anos 1980, com letras "muito introspetivas e muito melancólicas" em canções em que há sempre uma "preocupação clara com os refrães".

Contando com influências que vão de Yeah Yeah Yeahs a The Jesus & Mary Chain ou DIIV, os From Atomic começaram há quase três anos, quando Alberto Ferraz e Sofia Leonor, amigos de longa data, decidiram começar a construir músicas juntos, numa garagem.

"Ela compunha a melodia e a letra e eu tratava dos arranjos", recorda Alberto Ferraz, referindo que, ao início, trabalhavam com uma caixa de ritmos, passando depois a contar com um baterista, Márcio Paranhos.

Com a entrada do baterista, as músicas "começaram a ser desenvolvidas de outra forma", notou, explicando que hoje o trio já se junta para compor e trabalhar em conjunto através de sessões de experimentação, sendo que no álbum de estreia estão presentes canções que representam também os dois diferentes processos de criação musical.

Em 2018, os From Atomic lançaram a música "Heaven's Bless" e, em 2019, integraram a compilação Novos Talentos FNAC.

Por agora, o álbum será apenas lançado nas plataformas digitais, esperando que seja também levantado o estado de emergência face à pandemia da COVID-19, para poderem dar concertos de apresentação, que tiveram de ser adiados.