Além da mistura de referências, o músico usa a ironia como elemento essencial. Mesmo após dois álbuns que fizeram uma rápida passagem pela introspeção, Beck contagiou várias gerações de fãs fazendo uso de jogos de palavras.
No seu 10º álbum, "Colors", o artista volta a trazer algumas mudanças. Mas desta vez, conseguiu chegar a um nível mais próximo do que se espera de um disco pop.
"Colors" marca um regresso nos antípodas do último álbum, lançado em 2014, "Morning Phase", marcado por um som mais melancólico. "Morning Phase" venceu o Grammy na categoria "Álbum do Ano", deixando pelo caminho concorrentes muito admirados, como Beyoncé.
O surrealismo de Beck não desapareceu completamente. Ele ainda canta sobre andar pela cidade enquanto presta atenção ao "seu típico barulho com o seu bronzeado elíptico", por exemplo.
No entanto, o Beck que surge em "Colors" recorre mais à euforia em vez da ironia, reforçada pela produção com múltiplas camadas e transições ininterruptas entre estilos musicais.
O cantor anunciou que o seu último álbum seria lançado em outubro de 2016, mas adiou a divulgação de "Colors" pelo período de mais um ano, sem ter explicado o motivo.
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