Sob o mote “De Zeus a Varoufakis – A Grécia nos Destinos da Europa”, o CCB percorre algumas das ideias e valores que a cultura grega incutiu na cultura do Ocidente, através de programas a decorrer até ao dia 08 de abril.
Este núcleo programático, que vai da Grécia Antiga à atualidade, é “moldado e consolidado através das várias expressões artísticas que dão corpo e estruturam um modo de ser, ver, sentir e pensar”, explica o CCB na programação.
A oportunidade do tema, surge “num momento em que a Europa, herdeira deste caldo multimodo e multicultural, parece esquecer-se dos fundamentos que lhe foram desenhando o rosto”.
É, por isso, altura de “acolhermos pela arte o modo diverso de sermos europeus, revisitando a Grécia do passado e a atual, deixando-nos interpelar pela forca da imaginação e das várias expressões artísticas”, explicam os organizadores.
No campo musical, está previsto no dia 08 de fevereiro, um programa sobre as grandes personagens femininas do imaginário grego, como Efigénia ou Electra, intitulado “Grandes heroínas da antiguidade clássica”, com a soprano Sandra Medeiros, e Francisco Sassetti no piano.
No dia 04 de março, o Schostakovich Ensemble dá música a um programa dedicado à figura pela qual o deus Pã se apaixona, intitulado “Syrinx ou o encantamento grego”, enquanto no dia 11 de março, a Orquestra de Câmara Portuguesa, com Pedro Carneiro na direção, dá um concerto que faz a ponte entre a Grécia antiga e a atual.
A ópera chega ao CCB nos dias 01, 4 e 7 de fevereiro, com o Teatro Nacional de São Carlos a interpretar “Elektra”, de Richard Strauss.
No que respeita ao teatro, estará em cena, de 17 a 24 de fevereiro, “Oresteia”, de Ésquilo, dirigida por Tónan Quito, com Cláudia Gaiolas, Francisco Camacho, Isabel Abreu e Miguel Borges.
“The Great Tamer” ("O Grande Domador") é o espetáculo de dança, concebido e dirigido por Dimitris Papaioannou, que tem lugar nos dias 2 e 3 de março.
A literatura e o pensamento também têm lugar neste ciclo, desta feita dedicado a “o perene e o belo: ecos da antiguidade clássica”, numa série de palestras que decorre de 24 de fevereiro a 03 de março, organizada por Rui Morais e Delfim Leão, e que conta com personalidades como Manuel Alegre, Hélia Correia, Guilherme d’Oliveira Martins, Eduardo Lourenço e Pacheco Pereira, entre outros.
A Fábrica das Artes traz, de 22 a 28 de janeiro, “Poeta, um cidadão do mundo”, espetáculo de poesia, teatro e música, “Sombra”, um espetáculo de dança que decorre de 22 a 25 de fevereiro, e “Pensar faz sombra/Alinha com a sombra/Mergulha na sombra”, oficinas de dança, filosofia e desenho, abertas de 28 de fevereiro a 11 de março.
A encerrar o ciclo, o CCB acolhe, nos dias 7 e 8 de abril, a “Conferência Ulisses 2018”, sob o tema “Democracia Europeia: uma ideia cujo tempo chegou?”, comissariada pelo historiador Rui Tavares, em pareceria com a Representação da Comissão Europeia em Portugal.
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