Segundo o relatório e contas da Fundação Casa da Música, o espaço acolheu, no ano passado, 1.676 eventos, 84% dos quais eventos de produção própria e 66,2% deles integrados no âmbito do serviço educativo.

Ao todo, foram aos concertos e espetáculos 293.615 pessoas, um aumento de 12% face a 2016, com os eventos de produção própria a atraírem 60% do público.

Os números da bilheteira também mostram um aumento, neste caso de 17% face ao período homólogo, que torna “o ano 2016, neste ponto de vista, como o melhor ano de sempre da Casa da Música”, embora os bilhetes relacionados com a programação própria tenham perdido influência, de 65% em 2015 para 62,6% no ano passado.

Os inquéritos realizados junto do público permitem perceber que a tendência de decréscimo de espetadores do género feminino tem continuado desde 2014, passando de uma posição maioritária em 2015 (52%) para 47%, com os escalões etários mais jovens (até 35 anos) a caírem de 29% para 27%.

O setor etário que mais cresceu foi o de 35 a 50 anos, que passou de um peso de 23% no global para 30%, com o setor mais velho a regredir de 48% para 43%.

“Geograficamente a região do Porto tem vindo a decrescer de importância e o peso dos turistas estrangeiros tem vindo a aumentar”, revela o documento, bem como a importância de concelhos como Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Maia e Gondomar, de onde surgem 27% da assistência.

Os turistas estrangeiros representam 20% do público, contra 18% em 2015, sendo que têm uma média de 41 anos e conhecem a programação “através da agenda mensal, site, Facebook ou por conselho de um guia das visitas guiadas ou de agentes do turismo”.

Segundo os inquéritos, 46% dos espetadores enquadram-se nos segmentos de “muito frequente” ou “frequente”, com os “estreantes” a representar 39% do público e os “pouco frequentes” a corresponderem a 15%.

Os clientes assíduos caracterizando-te por uma média de idades de 53,7 anos, sendo que cerca de 40% são reformados e docentes e perto de 30% participam também em atividades do serviço educativo.

A idade vai diminuindo de forma proporcional à frequência de eventos, pelo que o público menos assíduo apresenta uma média de idade de 46,7 anos, próxima da média global do público (46,5).

As respostas aos inquéritos de satisfação revelaram ainda que o público “identifica como principais atributos dos concertos a qualidade da obra, o intérprete, a qualidade sonora das salas e a experiência”, com o preço de fora das principais razões apontadas no momento da compra.