A iniciativa resulta do projeto “Holograma”, que, ao longo de 2022, pretende criar uma produção própria em cada um dos 17 concelhos da Área Metropolitana do Porto, sempre num processo colaborativo envolvendo músicos profissionais da Casa da Música e “públicos sem práticas culturais regulares” nem especial vínculo à criação erudita, para assim gerar novos hábitos de acesso à cultura.

No caso de Santa Maria da Feira, os participantes locais serão 43 e, após uma primeira abordagem por parte da autarquia, foram selecionados com o apoio do Centro Social e Paroquial do Vale, do Centro de Solidariedade Social de Canedo “O Jardim”, do Centro Comunitário CASTIIS, do Projeto Direitos & Desafios Em Rede, do Programa Movimento e Bem-Estar e do Programa Emili@.

“Temos um histórico consolidado de mais de duas décadas em matéria de arte comunitária, com exemplos muito bem-sucedidos de projetos genuinamente construídos pelas nossas comunidades, e esta parceria com a Casa da Música permite-nos ampliar as oportunidades de fruição cultural da nossa população”, declara à Lusa o presidente da Câmara da Feira, Emídio Sousa.

O autarca acrescenta que o projeto Holograma tem ainda a vantagem de “aproximar todos os munícipes da criação artística comunitária, criando estratégias de integração social e facilitando a disseminação de boas práticas no território”.

Os ensaios começam hoje, e os participantes que se sintam à vontade para atuar em palco irão depois fazer parte dos espetáculos que, já marcados para os dias 28 de abril e 01 de maio, no Cineteatro António Lamoso, contarão ainda com dezenas de outros músicos, nomeadamente elementos da comunidade artística local, docentes, bandas e grupos de dança.

O tema da produção a exibir ao público estará relacionado com “os saberes, práticas e tradições de Santa Maria da Feira”, com base em memórias e experiência dos participantes trabalhadas de forma a constituírem um guião que deverá combinar música, canto, texto e dramatização.

Fonte da Câmara refere que o objetivo desta partilha de experiências entre profissionais e amadores é “criar dois grandes momentos de intervenção social através da música e contribuir ativamente para o aumento do sentimento de pertença do indivíduo à comunidade, mediante a sua participação cultural e artística” na oferta local.

Esta é, contudo, apenas a primeira fase do projeto Holograma em Santa Maria da Feira. Numa segunda etapa, ainda em 2022, um outro eixo do projeto irá focar-se em promover a igualdade de oportunidades no acesso à fruição cultural através de oito espetáculos educativos e dois concertos da Casa da Música em diferentes equipamentos culturais do município.

Os espetáculos educativos, em concreto, serão dirigidos a crianças do ensino pré-escolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico do Agrupamento de Escolas da Corga de Lobão. Mas haverá ainda propostas para famílias com crianças dos 3 aos 9 anos de idade, um concerto de “Novos Talentos” em música não-erudita (do jazz ao fado) e um espetáculo pelo “Ensemble Solistas” constituído por músicos residentes da Casa da Música.

Também no segundo semestre do ano realizar-se-á uma segunda edição do projeto Holograma, envolvendo “população de outras freguesias” na criação de um segundo espetáculo, conclui a fonte do Município.

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