Washington juntou-se na terça-feira às acusações de antissemitismo dirigidas ao antigo membro dos Pink Floyd Roger Waters, que usou roupas que faziam lembrar um oficial das SS num concerto em Berlim, na Alemanha, em maio.
A polícia de Berlim anunciou na sexta-feira a abertura de um inquérito "por suspeita de incitamento ao ódio", na sequência de queixas "porque o vestuário usado em palco é suscetível de glorificar ou justificar o regime nacional-socialista e perturbar a ordem pública".
Nas imagens publicadas nas redes sociais, o cantor aparece vestido com um longo casaco preto com um símbolo que lembra a suástica e braçadeiras vermelhas.
Vários meios de comunicação social referiram também que os nomes de Anne Frank e de Shireen Abu Akleh, a jornalista palestino-americana da Al-Jazeera que foi morta num ataque israelita em maio de 2022, foram escritos em letras vermelhas num ecrã durante o concerto.
A representação "continha símbolos que eram profundamente ofensivos para o povo judeu e minimizavam o Holocausto", condenou o Departamento de Estado norte-americano.
"Esta não é a primeira vez que o artista em questão utiliza elementos antissemitas para denegrir os judeus", acrescenta-se num comunicado.
Roger Waters, 79 anos, também se tornou conhecido nos últimos anos ao defender o boicote aos produtos israelitas em nome da causa palestiniana.
O cantor e compositor acusou os seus detratores de "má fé".
"Os aspetos do meu concerto que foram postos em causa são claramente uma mensagem contra o fascismo, a injustiça e o sectarismo em todas as suas formas" e qualquer tentativa de ver qualquer outra coisa nele "é desonesta", afirmou numa mensagem publicada nas suas contas do Instagram e do Twitter na sexta-feira à noite.
O antigo elemento dos Pink Floyd também causou polémica recentemente quando afirmou que "não é verdade que a invasão russa da Ucrânia não foi provocada".
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