A Associação de Rádios de Inspiração Cristã (Aric) lamentou hoje a perda de representação da comunicação social no novo Governo de António Costa, que deixa de ter secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.

“E de repente desapareceu o cargo de Secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media”, lamentou a Aric, em comunicado, após ter sido conhecida, na quarta-feira, a orgânica do Governo para a próxima legislatura.

Para a associação, a falta de representatividade do setor da Comunicação Social no novo executivo “é um passo atrás no trabalho que estava a ser trilhado, um pouco a medo, é certo, mas estava a ser feito”.

Nuno Artur Silva desempenhou as funções de secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media no último Governo, que estava sob a alçada do Ministério da Cultura, liderado por Graça Fonseca, que também está de saída.

“A não inclusão no elenco do novo Governo de um interlocutor que possa tomar conhecimento, analisar e tomar posição quanto aos problemas do setor é antes de mais um mau prenuncio sobre como poderão ser os próximos quatro anos na vida da Comunicação Social portuguesa”, considerou a Aric.

Para a associação, um Governo que não oiça os representantes do setor dos media “não está a tratar a liberdade com o respeito que merece” e está a “ignorar que existem problemas por resolver”, como a questão dos “direitos conexos, a reforma dos incentivos à comunicação social, o exagero das quotas de música, o Serviço Público de Radiodifusão Local, a Publicidade Institucional do Estado”, a “pressão constante por parte dos dois órgãos reguladores”.

A Aric deixou ainda um agradecimento a Nuno Artur Silva, “apesar de não ter conseguido pôr em prática o que desejava por manifesta falta de recursos, mas também de vontade política de quem o tutelava”.

“Foi bom ter tido um interlocutor que percebeu as dificuldades do setor e a quem não foi necessário explicar o básico”, acrescentou a associação.

O primeiro-ministro, António Costa, apresentou na quarta-feira, ao Presidente da República, a composição de um Governo com 17 ministros, menos dois do que no anterior.

Há novos titulares nas Finanças (Fernando Medina), nos Negócios Estrangeiros (João Gomes Cravinho), na Defesa (Helena Carreiras), na Administração Interna (José Luís Carneiro), na Justiça (Catarina Sarmento e Castro), na Economia e Mar (António Costa Silva), nos Assuntos Parlamentares (Ana Catarina Mendes), na Ciência e Ensino Superior (Elvira Fortunato), na Educação (João Costa) e no Ambiente (Duarte Cordeiro).

Continuam no executivo, e nas mesmas pastas, Mariana Vieira da Silva (Presidência), Marta Temido (Saúde), Ana Mendes Godinho (Segurança Social e Trabalho), Ana Abrunhosa (Coesão Territorial), Maria do Céu Antunes (Agricultura) e Pedro Nuno Santos (Infraestruturas e Habitação).

Abandonam o Governo 11 ministros: Alexandra Leitão, Graça Fonseca, Francisca Van Dunem, João Leão, Augusto Santos Silva, Pedro Siza Vieira, Nelson de Souza, Matos Fernandes, Manuel Heitor, Tiago Brandão Rodrigues e Ricardo Serrão Santos.

Este é o terceiro Governo chefiado por António Costa e o seu primeiro com maioria absoluta.

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