Os deputados da Assembleia Municipal de Lisboa aprovaram esta terça-feira, 19 de abril, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do ator e encenador Francisco Nicholson, lembrando um “homem de inúmeros talentos” e “dotado de uma sensibilidade e dimensão humana notáveis”.
O voto, apresentado pelo grupo municipal do Partido Socialista e aprovado pela assembleia por unanimidade, refere que “Portugal está mais pobre com o desaparecimento de Francisco Nicholson, indiscutivelmente um grande vulto da cultura portuguesa”.
Francisco Nicholson morreu no dia 12 de abril, aos 77 anos, no hospital Curry Cabral, em Lisboa, na sequência de um transplante hepático que realizara há alguns anos, segundo a assessoria da Casa do Artista.
O voto lembra ainda a vida e a carreira de Francisco Nicholson, destacando que o ator, que somou mais de 50 anos de carreira profissional, “foi distinguido com a medalha de ouro de mérito cultural, atribuída pela Câmara Municipal de Lisboa, e também foi galardoado pela autarquia de Oeiras”.
Ator, encenador, dramaturgo, argumentista, Francisco António de Vasconcelos Nicholson nasceu em Lisboa a 26 de junho de 1938.
Escreveu "Vila Faia", a primeira telenovela portuguesa, deu forma a "Riso e ritmo", programa pioneiro de comédia, na televisão, na década de 1960, e apostou na renovação do teatro de revista, com a cooperativa Adoque.
Em 2014 publicou o romance "Os mortos não dão autógrafos".
No final da votação, a Assembleia Municipal de Lisboa guardou um minuto de silêncio.
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