Em comunicado divulgado no fim de setembro, a instituição indicou que a cerimónia de atribuição do título honorífico a Ai Weiwei realiza-se a partir das 11:00, na Sala dos Atos do Colégio Espírito Santo, o principal edifício da UÉ.

Segundo a academia, o discurso laudatório estará a cargo de Paul Dujardin, historiador de arte e diretor-geral do Bozar (também conhecido como Palácio de Belas Artes), em Bruxelas, Bélgica, entre 2002 e 2021, que é patrono da distinção.

Ai Weiwei é “uma das figuras culturais mais destacadas da sua geração e um símbolo da liberdade de expressão tanto na China como internacionalmente”, afirmou a UÉ, lembrando que o artista chinês escolheu Montemor-o-Novo, distrito de Évora, para residir.

A instituição revelou que na propositura é assinado que, “além de artista, [Ai Weiwei] é um pensador e ativista” e que “a sua prática artística aborda questões prementes como a sustentabilidade, os direitos humanos e o fenómeno global da migração”.

Nascido em Pequim, na China, em 1957, Ai Weiwei, assinalou, “lidera uma prática diversificada e prolífica que abrange instalação escultórica, cinema, fotografia, cerâmica, pintura, escrita e redes sociais”.

“Artista conceptual que funde o artesanato tradicional e a sua herança chinesa, Ai Weiwei move-se livremente entre uma variedade de linguagens formais para refletir sobre a condição geopolítica e sociopolítica contemporânea”, sublinhou.

Para a UÉ, “o trabalho e a vida de Ai Weiwei interagem regularmente e informam-se mutuamente, muitas vezes estendendo-se ao seu ativismo e defesa dos direitos humanos internacionais”.

Ai Weiwei já expôs em instituições e bienais em todo o mundo e o seu livro de memórias “1000 Anos de Alegrias e Tristezas” foi publicado em 2021, acrescentou.