O estudo, realizado por investigadores da Universidade de Viena e divulgado na revista Psicologia da Estética, Criatividade e Artes, analisa o impacto da exposição de arte contemporânea “Mostra-me a tua ferida”, que explora a vulnerabilidade humana, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
“A questão de como a arte nos torna pessoas mais conscientes e empáticas ou pode mudar as reações aos desafios sociais como as alterações climáticas ou os refugiados, é de interesse crescente para as instituições artísticas”, diz Matthew Pelowski, professor na Universidade de Viena e autor principal do estudo, citado num comunicado.
Os cientistas convidaram participantes do estudo a visitarem a exposição, no Museu da Catedral de Viena, e interrogaram-nos antes e depois da visita sobre os seus sentimentos em relação aos migrantes e a disposição de os receber na Áustria.
Os resultados mostraram que a visita à exposição reduziu atitudes racistas e xenófobas, além de aumentar a aceitação dos migrantes.
Numa segunda fase do estudo, para ver a duração da alteração do ponto de vista, foram inquiridas 41 pessoas uma semana antes e uma depois de se terem deslocado ao museu, tendo os dados revelado que a maioria dos participantes continuava a ter mais consideração pelos outros sete dias após ver a exposição.
“Estes resultados são uma das primeiras evidências de que mesmo uma breve visita a uma exposição, especialmente uma que utiliza a arte contemporânea para abordar um novo desafio social, pode gerar uma mudança notável e duradoura” na atitude das pessoas, destaca Pelowski.
Segundo a EFE, investigadores da Universidade de Viena estão a preparar um outro estudo para analisar como é que os indivíduos e a sociedade lidam com a mortalidade e como as artes podem ajudar a refletir e a compreender o tema.
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