O festival comemora este ano a 10.ª edição e olha para o que aconteceu desde 2014, num exercício de revisitação de espaços e protagonistas.

É o caso da música, em que a programação volta a contar com alguns dos convidados de edições anteriores, aos quais se juntam nomes firmados no panorama nacional e talentos portugueses e também internacionais, avançou hoje a organização em comunicado.

“Temos, nesta celebração de dez edições, a nostalgia de trazer, com uma nova roupagem, artistas que marcaram a história do festival e de voltar a lugares da cidade com o mesmo peso, mas sem esquecer de deixar presente o que queremos para o futuro”, afirmou a programadora Mariana Lois.

A Porta mantém a aposta na diversidade, assumindo que “não se deve ter medo de juntar diferentes géneros musicais”.

Exemplo disso é o que se anuncia para a abertura do festival, que conjuga na noite do dia 2 de junho o fado de Sérgio Onze e as “vibrações psicadélicas, guitarras funky e batidas tropicais” de Noko Woi, a banda de Barcelona à qual Salvador Sobral dá voz.

Para 5 de junho, A Porta convoca Filipe Sambado, Evaya e Surma + Larie, que mostrarão o resultado de uma residência artística.

Recordando os 21 anos do disco “Feeding the machine”, os X-Wife tocam em Leiria a 6 de junho, o mesmo dia em que se revela a eletrónica do belga Antoine Pierre, no projeto Vaague, e ainda Cremalheira do Apocalipse, Unsafe Space Garden e a cantora e compositora nigeriana Aunty Rayzor.

Caio, Veronica Fusaro, Ana Lua Caiano, Rossana, Scúru Fitchádu, Travo, Maquina e Von Di atuam no dia 7 de junho, enquanto a despedida, no dia 8 de junho, estará entregue à mistura de sons do Brasil, África e Jamaica dos Gardênia & Tecnofoguete.

Os concertos repartem-se por palcos da antiga Pousada da Juventude de Leiria, Villa Portela e Centro Cívico, mas o festival estende-se novamente à Rua Direita e suas transversais, ao restaurante-bar Atlas e a lojas desocupadas do Centro Comercial D. Dinis, para a exposição Casa Plástica.

Vários artistas são convidados a mostrar trabalhos de artes plásticas, sendo que há uma residência especial desenvolvida por Alexandra Saldanha, vocalista dos Unsafe Space Garden, Maria Pinheiro, mais conhecida como Carlos Roxo, e Neuza Matias, que vão criar para a Pousada da Juventude.

“Leiria e os leirienses”, com que Ricardo Graça celebra 20 anos de fotografia sobre a cidade e as suas gentes, e uma mostra comemorativa das dez edições do festival, são outras exposições anunciadas.

No encerramento de A Porta será estreada a performance pensada pela residência criativa Porta por Miúdos, em que jovens e crianças dos 8 aos 14 anos exploram as transformações e desafios da Rua Direita, via central e histórica de Leiria, através do jornalismo e do teatro, num exercício que pretende refletir e imaginar o futuro daquela artéria.