Pedro Batista, presidente da Banda Musical de Loivos, afirmou hoje à agência Lusa que a iniciativa “Nove aldeias. Um povo” uniu pessoas dos oito aos 80 anos.

O objetivo é divulgar a cultura de Trás-os-Montes e unir as comunidades que residem nas freguesias de Loivos, Vidago, Vilar de Nantes e Oura, concelho de Chaves, e Bornes de Aguiar e Sabroso de Aguiar, já no município vizinho de Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real.

No total, o coro comunitário juntou 100 pessoas e a banda conta com 50 músicos.

“Este é um projeto social, um projeto cultural, um projeto que cria emprego”, salientou Pedro Batista, que destacou também que se quer “quebrar o isolamento”, principalmente das pessoas mais idosas.

No âmbito da iniciativa estão ainda a ser recolhidos os costumes e tradições orais, guardados por estas gentes, e que estavam em risco de se perder.

O espetáculo de estreia acontece a 7 de outubro, em Valpaços. Até lá realizar-se-ão ensaios nas aldeias que aderiram ao projeto dinamizado pela Banda Musical de Loivos, que tem a duração de dois anos e é apoiado pela Direção-Geral das Artes (DGARTES) com 120 mil euros.

Numa primeira fase, segundo explicou Pedro Batista, foi criada uma música para cada uma das freguesias e, para o efeito, compositores estiveram em residência artística em cada uma destas localidades a recolher histórias, tradições, lengalengas e ideias em que se inspiraram para criar uma peça musical para banda e coro.

“Baseadas na cultura de cada uma destas freguesias e nas histórias e vivências das pessoas”, acrescentou Pedro Batista.

Na fase seguinte, seis músicos licenciados da banda realizaram oficinas criativas nas localidades e, durante cinco meses, ensaiaram coros comunitários em cada uma delas.

“Tivemos seis coros a aprender as seis peças musicais e agora estamos na fase três, que são os ensaios abertos e nos quais juntamos as 100 pessoas e a banda”, detalhou.

Depois da estreia em Valpaços, o espetáculo irá ser apresentado nos restantes cinco municípios do Alto Tâmega – Chaves, Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Boticas e Montalegre.

Apesar de não ter conseguido chegar a nove freguesias, Pedro Batista explicou que se optou por deixar ficar o nome original do projeto porque se mantém o objetivo de atingir mais localidades, de mais concelhos vizinhos.

A iniciativa conta com o apoio dos municípios de Chaves e Vila Pouca de Aguiar.