Numa visita feita hoje ao recinto, junto ao rio Tejo, há pessoas espalhadas por todo o lado na finalização da montagem dos seis palcos de atuações, entre os quais um coreto e uma tenda para comediantes e humoristas, e das áreas de restauração, comércio e casas de banho.
Entre quinta-feira e sábado, as atenções deverão dividir-se sobretudo entre o palco de maiores dimensões, onde são esperados Muse, Ben Harper, Alt-J, Mumford and Sons, Sam Smith ou Chet Faker, e a tenda no lado oposto do recinto, com Future Islands, James Blake, Metronomy e The Jesus & Mary Chain, entre outros.
"Temos de fazer um cartaz comercial que cative gente. Temos de apostar forte para os cativar", afirmou o promotor Álvaro Covões aos jornalistas.
Com o primeiro dia já esgotado, Álvaro Covões referiu que são esperadas pelo menos 45.000 pessoas tanto na sexta-feira como no sábado. Se a maioria dos espectadores é portuguesa, a organização estima que no Alive deverão entrar cerca de 15.000 estrangeiros, sobretudo britânicos, espanhóis, franceses, alemães.
No recinto, diariamente estarão perto de 5.000 pessoas a trabalhar, entre artistas, organização, jornalistas, equipas médicas, de segurança e de venda de alimentos e bebidas.
Segundo Álvaro Covões, neste festival não há trabalho voluntário, até porque para muitos representa um segundo emprego ou um trabalho temporário: "Enquanto o nível de desemprego estiver como está, todos têm que ser remunerados, até porque este é um festival comercial".
Quanto à venda de álcool no festival, agora que entrou em vigor a proibição de consumo a menores de 18 anos, o promotor afirmou que a postura será idêntica a edições anteriores no cumprimento da lei e que não haverá qualquer pulseira identificativa para se poder adquirir bebidas.
"Isso [colocação de pulseira] é discriminar", afirmou Álvaro Covões, admitindo que é "muito difícil controlar" quem e com que idade consome álcool no festival. Ainda assim considerou residual o número de atendimentos médicos de espectadores alcoolizados.
Sobre os 1.800 artistas e músicos que integram esta nona edição - são mais de 130 concertos e atuações -, Álvaro Covões refuta qualquer ideia de pedidos extravagantes ou excêntricos. "As exigências são um mito urbano. Muitas vezes o que pedem são coisas para que se sintam minimamente em casa".
Os Muse, com 41 elementos, e os Mumford & Sons, com 66, são os dois grupos que trazem mais pessoas a acompanhá-los neste festival.
Toda a programação do NOS Alive, que terá concertos e atuações entre as 15:00 e as 04:00, está disponível em www.nosalive.com.
@Lusa
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