“O ano passado foi a primeira vez que internacionalizámos o festival, com a vinda do projeto do Troy Miller e dos músicos que tocavam na banda da Amy Winehouse. Este ano, temos três concertos com pessoas internacionais”, avançou Ana Bento, da Gira Sol Azul, que organiza o festival.
O pianista britânico Jason Rebello (que já fez parte da banda de Sting), acompanhado pela voz de Joy Rose, o trompetista londrino Freddie Gavita (músico residente do Ronnie Scott’s Club) e o multi-instrumentista francês Christophe Cravero (que tocou ao lado do baterista Billy Cobham) vão passar pelo Grande Palco, no Parque Aquilino Ribeiro.
No Palco After Hours, no Mercado 2 de maio, estarão alguns daqueles que são considerados os melhores nomes da música nacional atual, quer na área do jazz, quer como colaboradores de músicos e grupos nacionais da pop, rock ou fado, como Hitchpop, Bruno Macedo Quarteto e Evyl.
O festival arranca no dia 21, com um concerto intimista do duo Azul Espiga (Alberto Rodrigues no piano e Ricardo Augusto na voz e acordeão) no Museu Grão Vasco.
Ana Bento explicou que, apesar de ter o jazz como mote, este festival “é um encontro e uma mistura em termos musicais”, com uma grande diversidade de projetos.
O cartaz apresenta uma espécie de pregão – “Que jazz é este?” - para “ficar essa pergunta no ar e as pessoas se questionarem, porque há tanto dentro da música e tanto dentro do jazz que se pode chegar a muitos lados”, acrescentou.
Segundo Ana Bento, o festival mantém os objetivos de “divulgar a música de qualidade, quer em termos profissionais, quer projetos amadores de qualidade”, e de apostar na formação.
Vários projetos paralelos tornam este “um festival diferente”, referiu, destacando a Rádio Rossio, inspirada num senhor de Ílhavo que aos domingos à tarde “se plantava na praça com o seu material de grafonolas, discos e microfone para fazer uma locução ao vivo para quem quisesse, ao vivo”.
“Vamos pegar nessa ideia e disponibilizar uma rádio no Rossio que tem uma cabine criada propositadamente pelo Tiago Lopes e pelo Luís Seixas onde vão estar, ao longo de cinco dias, cinco locutores a fazer um programa de rádio, com conteúdos bastante diferentes”, explicou.
A exposição/jogo “Que orquestra é esta?”, concebida por Ana Seia de Matos, é outro dos projetos destacados, baseado na história da Orquestra Cine Jazz de Viseu, que teve o seu apogeu entre os anos 1940 e 1960 do século XX.
“Contactei alguns lojistas da Rua Formosa e da Rua Direita e o Clube de Viseu, onde as pessoas poderão encontrar pedacinhos da história desta orquestra”, explicou Ana Seia de Matos.
Segundo a artista, vai estar disponível da Rádio Rossio “um mapa que terá assinalados os vários pontos que contêm a história” e que cada lojista marcará de forma a validar a visita das pessoas. No final, as pessoas “voltam à Rádio Rossio e levantam um brinde se completarem o percurso”, acrescentou.
Joaquim Rodrigues, da organização, frisou que, apesar de este ser o terceiro festival, a Gira Sol Azul vai já no seu 7.º Workshop de Jazz. “Tudo partiu da formação, tem de estar sempre presente, é a raiz do nosso trabalho”, frisou.
O 7.º Workshop de Jazz integra, por exemplo, um momento dedicado a músicos e estudantes de música com experiência (dirigido por Xosé Miguelez) e outro a instrumentistas de sopro da região (dirigido por João Martins).
@Lusa
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