A produção, uma distopia que retrata uma sociedade violenta e corroída pela desigualdade, estreou em 2021 e tornou-se na série mais vista da plataforma.

A terceira temporada foi lançada na passada sexta-feira e os fãs marcaram a ocasião, reunindo-se nas imediações do famoso Palácio Gyeongbokgung, em Seul, vestidos com uniformes militares semelhantes aos usados pelos misteriosos agentes da série.

Estes "agentes" encapuzados foram seguidos por vários participantes equipados com grandes cartas quadradas de "ddakji" — um tradicional jogo coreano com grande presença na narrativa — e por uma bandeira com os enigmáticos símbolos de círculo, triângulo e quadrado, ícones marcantes do programa.

O realizador da série, Hwang Dong-hyuk, declarou recentemente numa conferência de imprensa que "deu tudo" pela produção. "Por isso, embora lamente vê-la terminar, também sinto um certo alívio", comentou.

A Biblioteca Metropolitana de Seul, próxima da Câmara Municipal, foi iluminada com imagens e personagens da série, incluindo a gigante boneca Young-hee, que deteta movimentos e aparece num dos infames jogos infantis da história.

"Este projeto tornou-se um fenómeno cultural, que traçou uma das linhas mais audaciosas na história da criação coreana", disse aos fãs a estrela Lee Byung-hun, que interpreta o "líder" encapuzado responsável por supervisionar a competição.

O evento foi parcialmente organizado pela Câmara Municipal de Seul, que procura tirar partido da popularidade mundial da série para promover o turismo.

"Literalmente, não quero ir embora jamais", disse a influenciadora Snitchery, oriunda de Los Angeles.

Park Sang-gyu, outro fã da série, ficou acordado toda a noite de sexta-feira para ver a nova temporada. Para ele, a série é "acima de tudo, uma história sobre pessoas" e "não apenas sobre os jogos", pois "reflete muitos aspetos da vida real", comentou.