A decisão do júri foi “unânime”, realçando a “grande qualidade das candidaturas apresentadas, quer autorais, arranjos e improvisos”, segundo comunicado de segunda-feira da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, que promove o prémio.
Tendo-se registado uma descida no número de candidaturas apresentadas, o júri realçou que a “qualidade é maior nos conteúdos, verificando-se uma coerência estética a todos os níveis”.
Referindo-se ao álbum “No lugar dela”, de Duarte, o júri salientou “o bom gosto, o rigor da execução, solidez e maturidade e a grande criatividade” nas temáticas abordadas.
Relativamente a “Entre Paredes”, do Sexteto Bernardo Moreira, o júri realçou “a excelente transição das melodias de cordas para os sopros, a elegância da interpretação e as improvisações e o facto de ser uma homenagem ao grande compositor e músico Carlos Paredes”.
O prémio tem o valor pecuniário de 2.500 euros e o júri deste ano foi constituído pelo escritor José Jorge Letria, em representação da Câmara de Vila Franca de Xira, pelo compositor Pedro Campos, pela poetisa e compositora Amélia Muge, em representação da Sociedade Portuguesa de Autores, e pelo crítico musical Rui Filipe Reis.
O Prémio Municipal Carlos Paredes é atribuído desde 2003, quando foi ganho por Bernardo Sassetti (1970-2012), pelo seu álbum “Nocturno”; o ano passado, o vencedor foi Pedro Jóia pelo disco “Zeca”.
Vários artistas já receberam este galardão, entre eles Rão Kyao e Carminho (2013), Pedro Caldeira Cabral (2014), LST – Lisboa String Trio (2015), Pedro Mestre (2016), Ricardo Ribeiro e Artemsax (2017), Daniel Pereira Cristo (2018), Cristina Branco e José Valente (2019) e a Companhia do Canto Popular (2020).
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