Depois de entrar no concurso com "notas positivas" de todos os jurados, Mariana Domingues sentiu o peso da responsabilidade e, perfeccionista que disse ser, confessou o "prazer e orgulho" dos elogios, mas garantiu ter ficado "intimidada". "O casting era o mais fácil e fiquei intimidada ao não receber críticas negativas porque me colocaram num patamar que sabia de grande responsabilidade", considerou, em entrevista à agência Lusa.

O segundo lugar nos "Ídolos" não mudaram a maneira de ser de Mariana, que prosseguiu os estudos em "Ciências da Comunicação", mas alterou a agenda da artista, que deixou de ter de procurar trabalho. "Permitiu construir uma rede de contactos, colocou-me à vista de potenciais empregadores e permite hoje que pague a minha faculdade e a minha estada em Lisboa", contou, salientando que à margem de tudo isso continua a ser "reservada e conservadora" na sua maneira de viver.

A experiência de Macau começou quando recebeu uma chamada de um "número estranho com um indicativo ainda mais estranho". "Era o Filipe a convidar-me para vir até Macau. Como sempre, a minha mãe foi decisiva para aceitar o convite, veio comigo e ficou em Macau três semanas até se certificar que tudo estava bem", contou, vincando a presença constante da mãe na sua carreira e nas suas decisões.

O mês e meio que leva de Macau não a faz sentir tão deslocada das suas raízes devido à presença da língua portuguesa. "O contacto com a língua ajuda um bocadinho a sentir que estou em casa e, por isso, Macau foi o melhor local para esta experiência", disse sem, contudo, deixar de referir também que às sextas e sábados "muitos portugueses vão divertir-se ao Hard Rock".

Estas noites "são mais cansativas porque trabalhamos mais tempo", disse Mariana que, no entanto, não se queixa do trabalho porque o público "vai para se divertir e é muito mais fácil trabalhar com pessoas que se querem divertir".

Sobre o futuro, Mariana Domingues disse "não sonhar que Portugal se transforme no melhor local do mundo", mas tem esperança que o seu futuro "passe pelo país". "Valorizo muito esta minha experiência até porque estou a trabalhar com gente muito profissional, mas quero voltar ao meu país", vincou.

Depois, como qualquer músico, "gostava de gravar um álbum", mas, explicou, a composição tem de começar por si e está ainda muito no início. "Claro que vou pedir ajuda a quem sabe, até porque os meus conhecimentos musicais são básicos, mas quero ser eu a começar a compor, quero começar a trabalhar temas originais e depois fazer todo o caminho necessário até ao disco", concluiu.

@Lusa